O acervo do Museu Asas de um Sonho não foi vendido para a Helisul, afirma João Amaro, fundador da coleção sediada em São Carlos.
O negócio chegou a ser publicado em sites de notícias do Sul do país que afirmaram na semana passada que o acervo seria usado na montagem de outro museu em Foz do Iguaçu, no Paraná.
“Esta notícia é falsa. De fato, tínhamos uma tratativa de instalar o museu em Foz do Iguaçu, mas o assunto não prosperou”, afirmou Amaro por e-mail.
Procurada, a Helisul afirmou que notícia veiculada “não procede” e que não comentaria mais sobre o negócio.
Conhecido como Museu da TAM, o acervo era um dos maiores do mundo e contava com grandes estrelas da aviação, como o Lockheed Constellation, e lendários caças MIG da União Soviética. Há ainda réplica dos históricos 14-bis e Demoiselle, de Alberto Santos Dumont. A estrutura está fechada desde 2016.
Com Foz do Iguaçu fora do páreo, a capital paulista voltou a ser o principal destino do acervo do Museu da TAM. Segundo Amaro, uma conversa é feita com a Prefeitura de São Paulo para instalar o museu no Campo de Marte. “Dentro de alguns dias vamos ter novidades daqui de Sampa”, finalizou.
Incertezas no Campo de Marte
Durante a gestão Bruno Covas (PSDB), havia a ideia de instalar um parque na área do aeródromo. Por falta de interesse da iniciativa privada, porém, o projeto ficou dormente. No fim do ano passado, Prefeitura e União colocaram um fim em uma disputa de quase 90 anos sobre a posse do Campo de Marte. São Paulo, sob a batuta de Ricardo Nunes (MDB), repassou ao governo federal a posse do aeroporto como meio de pagar uma dívida de R$ 25 bilhões. Agora com a posse plena, não se sabe até onde o projeto de museu dentro do aeródromo poderá prosperar.