O físico-químico Sérgio Mascarenhas foi um “divisor de águas para a ciência, tecnologia e inovação para o Brasil” e grande contribuinte para São Carlos ter se tornado a “Capital da Tecnologia”, na opinião do chefe-geral da Embrapa Instrumentação, João Mendonça Naime.
Sérgio Mascarenhas morreu na segunda-feira (31), aos 93 anos, após ter deixado contribuições à São Carlos, como a criação do Instituto de Física e Química da Universidade de São Paulo (IFQSC-USP), da Embrapa Instrumentação e idealizador da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
“Hoje podemos dizer que São Carlos é a Capital Nacional da Tecnologia graças às contribuições do professor Sérgio Mascarenhas nas áreas da saúde, agricultura, física, que têm revolucionado o crescimento do país com as agritecs, empresas de base tecnológica aplicadas no agro. Há um grande número de jovens formados por São Carlos e região liderados pelas ideias revolucionárias do professor”, afirma.
O professor, classificado por Naime como “espírito jovem, gênio criativo e promotor do entusiasmo científico” terá da Embrapa Instrumentação a “gratidão” expressa em forma dos serviços à comunidade.
“Há 36 anos, ele teve essa visão de que a instrumentação e as técnicas não convencionais da física poderiam trazer grandes contribuições no futuro. Naquela época, no início dos anos 1980, isso era pouco compreendido. Hoje é óbvio quando falamos em agricultura digital, agricultura 4.0, diversas tecnologias, internet das coisas no campo, tudo isso é graças a essa mente visionária do professor Sérgio Mascarenhas”, opina.
O velório de Sérgio Mascarenhas será realizado a partir das 12h em auditório do Instituto de Física de São Carlos.