Mais um golpe envolvendo contas bancárias está sendo aplicado em massa, desta vez apontando suposto bloqueio de limites e aplicativos ou até mesmo supostas compras desconhecidas. Em duas semanas, quatro casos foram registrados na Polícia Civil de São Carlos.
A abordagem começa diferente em alguns casos, mas o “modus operandi final” é sempre o mesmo: o (a) golpista alega que a vítima precisa fazer o bloqueio para “proteger sua conta” e que precisa pagar um valor X para isso.
Em um dos golpes aplicados esta semana, por exemplo, uma estudante de 23 anos relatou ter recebido uma ligação afirmando que havia uma cobrança de R$ 1.500 em seu banco digital, e a pessoa questionava se era verídica.
Ela negou, então a golpista disse que seu aplicativo tinha sido clonado e que precisava de uma transferência para “protegê-lo”. A vítima pagou R$ 3,8 mil, e após essa transferência, a mulher apontou outro banco onde ela tinha conta que também estaria com o “mesmo problema”, então ela pagou mais R$ 3,5 mil.
Tentando tirar mais dinheiro da vítima, a golpista transferiu a ligação para um homem que questionou sobre a conta em outro banco, apontando mais uma “movimentação estranha” em sua conta, e foi então que ela percebeu o golpe, mas acabou perdendo R$ 7,3 mil.
Em outro caso, registrado no dia seguinte, a golpista se passou por atendente de dois bancos distintos e disse que os aplicativos e saldos da vítima estavam “congelados”, e para regularizar precisariam “seguir alguns passos”.
Depois das orientações, a vítima tentou entrar em seus aplicativos e percebeu a transferência de R$ 3.999 para um homem em um deles, e outra de R$ 1.800 para outro.
O que fazer quando foi vítima de golpe?
Com o aumento de casos como esse, as instituições bancárias têm alertado a população com mais frequência sobre não efetuar ligações para correntistas alertando sobre supostas compras em análises ou invasões em contas.
Em bancos digitais, os mais apontados em golpes, a comunicação com os clientes é feita exclusivamente pela internet, via site ou pelo próprio aplicativo.
Se a pessoa for vítima de um golpe, independente da instituição as dicas são as mesmas: avisar o banco imediatamente, registrar um Boletim de Ocorrência (B.O) na Polícia Civil e guardar as evidências como registro de conversas, print de telas, dados da transferência feita e afins.
No Estado de São Paulo, o registro pode ser feito na Delegacia Eletrônica da Polícia Civil informando sobre o acontecido. Depois, o distrito policial da área prossegue com as investigações.