Parceria firmada entre a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Pecuária Sudeste, de São Carlos, e uma startup está desenvolvendo uma tecnologia de baixo custo e versátil que permitirá ao pecuarista identificar animais, monitorar e gerenciais as atividades operacionais de sua propriedade.
A parceria, firmada com a Taggen, deve entregar ao mercado o novo produto, por etapas, em até dois anos. A promessa é ter um concorrente mais barato e versátil do que os que estão atualmente no marcado.
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A inovação é baseada, inicialmente, em tecnologia de comunicação digital sem fio BLE (Bluetooth de baixo consumo, em tradução livre), composto de dispositivos individuais, leitores e a plataforma Taggen de monitoramento em nuvem. A ideia é que a ferramenta não exija do operador alta qualificação, porque o BLE necessita de poucos acessórios, simplificando o processo de instalação.
A solução já é adotada em vários ecossistemas, como agrotech, ambientes prediais (indoor), logística, indústria, automotivo e hospitalar. “A proposta é realizar adequações para empregá-la no ambiente rural (outdoor) para monitoramento dos animais em tempo real. O desafio é tornar o sistema viável para uso na pecuária. Os benefícios vão desde o inventário do rebanho até a rastreabilidade dos animais, passando por monitoramento do comportamento, bem-estar e segurança patrimonial”, explica o pesquisador da Embrapa, Alberto Bernardi.
O alvo são pecuaristas que tenham interesse na identificação, localização, rastreabilidade, certificação e gerenciamento da movimentação de animais.
Segundo Werter Padilha, CEO da Taggen, a ideia é que os dispositivos sejam distribuídos por lojas agropecuárias e que tenham o conceito de “plug and play”, tal qual um cliente compra um chip de uma operadora de telefone, em uma loja física, habilita-o e já passa a utilizá-lo imediatamente.
EXPERIMENTO
A pesquisa será conduzida na Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos. Para iniciar o projeto, 60 animais serão avaliados. Vinte vacas de leite e 40 bovinos de corte em sistema extensivo e intensivo com integração Lavoura-Pecuária Floresta (ILPF).
Em fevereiro, a Taggen já fez o mapeamento das áreas, além das condições para o monitoramento dos animais. A previsão é de que no mês de abril as primeiras avaliações sejam realizadas.
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