Profissionais da atenção básica à saúde de São Carlos podem participar até o dia 25 de pesquisa do Departamento de Psicologia (DPsi) da UFSCar que investiga as correlações do trabalho durante a pandemia e os impactos na saúde mental dos trabalhadores.
O estudo é realizado por Israel Roberto de Rienzo sob orientação de Luciana Nogueira Fioroni, docente da UFSCar.
De acordo com Israel Rienzo, nesses dois anos de pandemia, as comunidades científicas nacional e internacional têm desenvolvido pesquisas sobre o impacto da pandemia na saúde do trabalhador de saúde.
“Os estudos trazem vários fatores que demonstram esse impacto. Houve aumento dos relatos desses profissionais com sintomas de ansiedade, depressão, perda da qualidade do sono, sintomas psicossomáticos e medo de se infectarem ou transmitirem a infecção para os familiares”, relata. Rienzo acrescenta que, além desses fatores, os estudos apontam para a sobrecarga de trabalho desses profissionais neste momento de pandemia e para os mais variados desafios em (re)organizar o trabalho em saúde neste contexto e que influenciam a saúde mental destes profissionais.
A partir dessa realidade, a pesquisa pretende identificar os riscos de sofrimento patogênico no trabalho em saúde no contexto de pandemia no âmbito da atenção básica de São Carlos. Com essa compreensão, será possível desenvolver ações de cuidado mais estruturadas, voltadas para o profissional de saúde.
“O cuidado voltado para quem cuida é fundamental, pois esses profissionais precisam estar em boas condições psicológicas/biológicas para realizarem seu trabalho, que é cuidar do outro”, destaca, considerando, também, que o estudo é importante para valorizar os trabalhadores da atenção básica.
O estudo convida os profissionais da atenção básica de São Carlos para responderem um questionário online que contribuirá para o levantamento proposto. “Com a colaboração dos profissionais nesta pesquisa, teremos condições de desenvolver ações especificas, voltadas para eles. Desse modo, podemos colaborar não só com os profissionais de saúde em si, mas também com as equipes de saúde e a gestão municipal de saúde”, conclui o pesquisador.
Interessados em participar devem responder questionário neste link.