Beneficiários do Auxílio Brasil que moram em São Carlos (SP) vão receber 149% a mais do que receberam em outubro, quando o programa se chamava Bolsa Família. Na região, o acréscimo varia entre 68% e 169% nas médias municipais.
Os valores foram obtidos pelo ACidade ON São Carlos cruzando as informações das bases de dados de outubro do Bolsa Família, programa extinto, e os de novembro do Auxílio Brasil.
Em outubro, São Carlos recebeu R$ 575,6 mil em repasses às 6.370 famílias beneficiárias do Bolsa Família. Com o novo programa social, menos famílias serão beneficiadas (6.309), mas o valor global do repasse é maior, de R$ 1,42 milhão. Assim, o repasse médio de pouco mais de R$ 90, passou para R$ 225 neste mês.
De acordo com o governo federal, o antigo programa social cobria 130% da estimativa de famílias pobres da cidade. Brasília estima para São Carlos 5.148 famílias abaixo da linha da pobreza. Porém, o número, baseado no Censo 2010, é defasado. Um novo levantamento populacional está previsto para ser feito no ano que vem, inclusive medindo os impactos da crise econômica vinda da pandemia da Covid-19.
Na região, apenas Itirapina teve aumento na soma de famílias beneficiadas entre um programa e outro. Por lá, a base, de 617, passou para 625. A média do benefício, de R$ 69, saltou para R$ 263 agora. Mais de R$ 164 mil são injetados no município com o Auxílio Brasil.
Ibaté soma quase R$ 400 mil em investimentos no novo programa, que beneficia 1.796 famílias. Por lá, houve também redução do universo de beneficiados, que antes somavam 1.812. O benefício médio na cidade é de R$ 222 por família.
Os municípios de Ribeirão Bonito, com R$ 284 de benefício médio, e Dourado, com R$ 241 médios, são os com maiores médias da região de São Carlos. Por outro lado, Descalvado tem a menor média, com R$ 187 por família. As três cidades somam 442, 408 e 652 grupos familiares incluídos no programa.