12 de maio de 2024
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“Boate Azul”, conheça a história do clássico sertanejo

Uma das principais músicas do estilo, “Boate Azul” levou dezessete anos para ser lançada e enfrentou a Ditadura Militar

Em cima, à esquerda, a dupla Tibagi e Miltinho; à direita, Benedito Seviero; abaixo o trio Amantes do Luar (Foto: Reprodução)

*Por Vitória Graciotti

Em 1963, o Brasil enfrentava a Ditadura Militar e entre tantas músicas censuradas pelo governo, está “Boate Azul”, um dos maiores clássicos do sertanejo.

Os compositores Benedito Seviero e Aparecido Tomás de Oliveira, na época, escreveram para a dupla Tibagi e Miltinho, mas a comercialização só aconteceu na década de 1980, quando o trio Amantes do Luar a gravou pela primeira vez.

A história

Benedito, um dos compositores da música, contava que o episódio, que o serviu de inspiração, aconteceu em Apucarana (PR). Ele acompanhava o cantor José Lopes, muito famoso na década de 1950, que faria um show na boate “Blue Night”. No entanto, o Papa João XXIII morreu naquele dia e o evento foi cancelado.

Segundo Benedito, muitas pessoas aguardavam a apresentação na casa noturna, que ficava localizada a cerca de 3 quilômetros da cidade, às margens da rodovia.

“A polícia proibiu a apresentação em respeito à morte do Papa, mas os frequentadores estavam todos de ‘fogo’ e não queriam ir embora. Eles ficaram lá sem saber para onde ir, bêbados. Foi inspirado naquela cena que, três meses depois, resolvi escrever ‘Boate Azul’”, confessou em entrevista.

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O sucesso

A música foi regravada pela dupla Manoelito Nunes e Nazaré, em 1985, porém sem alcançar o sucesso esperado. No mesmo ano, a canção teve sua terceira versão, desta vez pela dupla Joaquim e Manoel, que a tornou popular nacionalmente e recebeu um disco de ouro.

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Após mais de sessenta anos de sua criação, a música “Boate Azul” foi regravada por diversos artistas de todas as gerações da música sertaneja. Uma das mais populares foi a versão de 2001, gravada pela dupla Bruno e Marrone. Mas, antes disso, Matogrosso e Mathias também reviram esse clássico no ano 2000 e em 2004, com a participação da dupla Joaquim e Manoel.

Além da variedade de interpretações por artistas brasileiros e de diferentes gêneros musicais, o clássico também tem versões de artistas de 70 países diferentes, como Portugal, Alemanha, Itália, França e Espanha.

Quem é Vitória Graciotti?

Vitória Graciotti é jornalista especializada em música sertaneja. Em agosto de 2023 passou a produzir conteúdos sobre o gênero em suas redes sociais, trazendo histórias, notícias, coberturas de eventos e curiosidades sobre o estilo musical mais ouvido do Brasil. Manteve o blog “Princesas do Sertanejo” entre 2013 e 2016.

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