Marcello Camargo, o filho de Hebe Camargo, participou na quarta-feira (20) da cerimônia de abertura da Casa Hebe, um local concebido pela empresária Lydia Leão Sayeg para abrigar e preservar o legado deixado pela apresentadora. Este legado inclui roupas, sapatos, bolsas e prêmios.
Em uma conversa exclusiva com o Estadão, Marcello, que estava celebrando seu 58º aniversário, compartilhou detalhes sobre o patrimônio deixado por sua mãe, especialmente a imponente mansão onde ela residia no bairro Cidade Jardim. Após a morte de Hebe, a casa com mais de 7 mil metros quadrados serviu como residência para o sobrinho de Hebe, o empresário Claudio Pessutti. No entanto, após o falecimento de Pessutti em 2021, Marcello, Helena e Claudinho, os herdeiros de Pessutti, decidiram colocar a propriedade à venda.
Marcello revelou que a venda da casa está em fase avançada, embora tenham enfrentado desafios devido ao seu tamanho e preço elevado. De acordo com o apresentador, o valor da negociação atual gira em torno de R$ 30 milhões.
“A casa não me pertence. Temos um acordo de divisão de porcentagens entre nós”, explicou Marcello. Ele enfatizou que tudo foi acertado verbalmente entre ele e Pessutti, sem documentos oficiais. Marcello afirmou que Hebe não expressou em vida o desejo de que seu filho e sobrinho compartilhassem sua herança. “Foi uma decisão minha. Claudio dedicou grande parte de sua vida a ela. Eu achei justo dividir”, declarou.
Segundo o filho de Hebe, a apresentadora era extremamente feliz naquela casa. “Eu sempre disse à minha mãe que a casa era imensa, mas ela costumava dizer que a amava, que era um lugar lindo. E ela tinha esse direito. Ela a comprou com o dinheiro de seu trabalho e desfrutou muito dela”, acrescentou Marcello.
Marcello aproveitou para esclarecer uma polêmica relacionada a outra propriedade onde Hebe viveu durante seu relacionamento com o empresário Lélio Ravagnani. Após a morte de Hebe, imagens da casa no Morumbi em péssimo estado de conservação começaram a circular.
O filho de Hebe afirmou que essa propriedade, na verdade, pertencia a Ravagnani, e Hebe a deixou assim que ele faleceu em 2000. “Ela entregou uma chave para a filha e outra para o filho de Lélio e nunca mais voltou lá”, contou Marcello, que morou com sua mãe e seu padrasto naquela casa.
Em relação aos carros que pertenciam a Hebe, eles foram vendidos, sendo três deles adquiridos por Cláudio Pessutti e os outros dois por Marcello. Com a morte de Pessutti, sua viúva Helena e Marcello decidiram vender os veículos, que estavam parados e necessitavam de muita manutenção. Agora, resta apenas um carro, de cor branca, que pertence a Marcello e já foi exibido em uma exposição sobre Hebe no Morumbi Shopping, em São Paulo.
Marcello também mencionou sua discordância em relação ao filme “Hebe – A Estrela do Brasil” de 2019, estrelado por Andréa Beltrão e dirigido por Maurício Farias. “Hebe nunca bebia uísque no camarim, nunca jogava o microfone no chão e nunca fazia seu público esperar”, afirmou Marcello, referindo-se às cenas controversas do filme. Ele elogiou, no entanto, o documentário “Hebe – Um Brinde À Vida”, exibido no Globoplay, que também teve a participação de Carolina Kotscho no roteiro e na direção. “Esse é perfeito”, destacou.
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Marcello também fez uma ressalva em relação ao livro “Hebe – A Biografia” escrito pelo jornalista Artur Xexéo, apontando um erro no nome de sua mãe. “O nome dela está errado lá. Ele colocou Hebe Maria Monteiro de Camargo Ravagnani. O nome dela era apenas Hebe Camargo”, esclareceu. Este erro também foi encontrado na página da apresentadora na Wikipedia. “Atualmente, sabemos que não vamos errar com a Hebe. A palavra final agora é minha”, concluiu.
De acordo com o apresentador, o SBT, a emissora onde Hebe passou a maior parte de sua carreira, está produzindo um documentário sobre seus apresentadores, com Hebe como uma das grandes estrelas. Em março deste ano, o SBT de São José dos Campos, onde Marcello apresenta o programa Café Com Selinho, também produziu um documentário sobre Hebe.
*Com informações de Agência Estado
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