Após contracenar em Gênesis, novela da Record TV, ela vive Celly Campelo no filme Um Broto Legal.
“Viver a Celly Campelo foi um sonho, desde o primeiro momento que eu soube que existia a possibilidade de interpretar essa grande artista do nosso Brasil. Desde o primeiro momento do teste eu fiquei com muita garra e com muita vontade de interpretar, e acabou dando super certo. Foi um sonho, uma grande honra e responsabilidade interpretar a Celly Campello”, diz.
A atriz revela que ficou muito animada com o convite porque as músicas de Celly Campello sempre estiveram presentes em sua vida, graças aos seus pais que colocavam as músicas para que ela ouvisse. “A gente curtiu muito ao som de Banho de Lua, Estúpido Cupido”.
Para viver Celly nos cinemas, Marianna conta que se dedicou muito assim que passou nos testes. Natural do Rio de Janeiro, a atriz precisou trabalhar o sotaque, pois sua personagem era de Taubaté, interior de São Paulo.
“Foi muita dedicação vendo os vídeos para pegar os trejeitos e a forma como ela falava, se expressava. E a gente também teve ajuda de Tony Campello, que foi um dia nos ensaios e contou a experiência de vida com a Celly, contou tudo sobre a irmã dele. Foi muito legal, um dia que eu quero guardar na memória”, diz.
Os momentos dos musicais foram especiais para Marianna e ela revela que isso foi algo que ficou marcado em sua vida. “Os números musicais, principalmente em Banho de Lua, trazem uma lembrança muito grande, uma memória afetiva grande na minha vida”, conta.
A atriz e cantora conta que seu maior receio era de que as pessoas não enxergassem a Celly Campello nela. “Minha maior responsabilidade era que o espectador não enxergasse uma atriz interpretando a Celly, mas sim ela ali na tela”.
Para ela, esse foi seu trabalho mais minucioso, devido ao fato de interpretar uma pessoa que existiu, e exigiu muita pesquisa e adaptação para que “a verdade das características da fala, do jeito, ficassem em evidência e as pessoas identificassem a Celly”.
Mesmo com esse receio, Marianna conseguiu alcançar seu objetivo, pois até os familiares de Celly Campello a elogiaram pela interpretação da primeira popstar do rock nacional. “Recebi muitos relatos de familiares dela, que foram assistir, e até o próprio Tony, no dia da pré-estreia, veio falar comigo e disse que viu a irmã dele em vários ângulos. Ele disse que estava muito parecida, inclusive, tenho esse vídeo no meu Instagram e é um registro que é pra ficar guardado para sempre.
Porque é muito emocionante ver como o nosso trabalho está sendo bem analisado, bem recebido pelo público – ainda mais por pessoas que conviveram com ela. Esse foi o maior presente”, diz.
Um Broto Legal, cinebiografia de Celly Campello, está em cartaz nos cinemas brasileiros e a atriz relembra a primeira vez que assistiu ao filme, no Festival 200 dias 200 filmes. “Foi a primeira vez que eu vi o filme e vi também as pessoas me assistindo. Foi um misto de emoções”. Marianna já viu o longa três vezes: no festival, na pré-estreia e em um dia comum no Rio de Janeiro.
“Tenho recebido muitos elogios e críticas positivas, a maioria das pessoas que assistem vem me dar feedback. Eu gosto muito, aprendo ouvindo. Enfim, eu mesma me assisto e me julgo porque é difícil a gente não se julgar. Acho que é um grande exercício e eu estou muito feliz com o resultado”, diz.
Carreira no TikTok
Você provavelmente já deve ter assistido a algum vídeo da Marianna Alexandre com a sigla POV e se perguntado sobre seu significado? Bom, POV significa ‘Point of View’ ou, em português, ponto de vista. A tradução não ajuda muito, mas é usada pelos usuários do TikTok quando criam vídeos que simulam a visão de quem está assistindo.
E é isso que a atriz, cantora e dubladora cria no TikTok: um mundo de POV’s (como ela mesma descreve em seu perfil). Foi em novembro de 2020 que o primeiro vídeo desse universo foi publicado no perfil de Marianna e tudo começou sem nenhuma pretensão, mas hoje ela já acumula mais de seis milhões de seguidores na plataforma.
“Eu consumia conteúdos no TikTok desde março de 2020, mas foi só em novembro que eu comecei a postar sobre POV e foi o primeiro vídeo que viralizou. Pensei que seria interessante criar na internet, hoje em dia é fundamental para minha carreira. Comecei sem pretensão, fazendo algo que eu gostava e eu vi que podia gerar resultados ao longo dos vídeos que fui postando”, conta.
Marianna conta que decidiu ser atriz aos 12 anos mas, antes disso, já tinha pensado em ser modelo, astronauta e até diplomata. Esse último pelo simples fato de gostar de viajar e de aprender diferentes idiomas.
A ideia passou rápido pela sua cabeça, pois durante as aulas de musicalização que fazia em Brasília quando criança, uma produtora de elenco foi até a escola para selecionar algumas pessoas para um filme que seria gravado na cidade.
“Eles estavam selecionando pessoas para o longa e ela foi na sala da minha irmã. Eu sou um ano e dez meses mais velha, mas sou pequenininha. Ela não foi na minha sala porque não era da faixa etária que eles buscavam, mas eu estava passando pelo corredor e ela me viu, me entregou um papel e falou: ‘olha, vai rolar esse teste é seu perfil'”, relembra.
Marianna conta que esse foi seu primeiro teste para filmes e que depois disso não se segurou mais. Ao decidir seguir carreira, foi fazendo vários cursos e até começou a estudar teatro musical: “Eu já cantava, dançava, atuava e vi que podia fazer os três juntos”. Ela já fez alguns musicais, como Se Meu Apartamento Falasse e a segunda montagem de A Noviça Rebelde, participou da novela Gênesis e agora está em cartaz com Um Broto Legal.
Para os próximos meses de 2022, Marianna tem novos projetos e um deles envolve sua parte cantora. Ela conta que escreveu o primeiro single na pandemia, Cor de Mel, e, no início deste ano, firmou parceria com o estúdio Bazuca e lançou Timbre Perfeito. “Tem vários singles para lançar, além de Timbre Perfeito, e já estamos na produção do segundo single com eles. O meu terceiro da vida. Vamos lançar mais alguns este ano e quem sabe ano que vem sai um EP”, finaliza.