19 de maio de 2024
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Tudo Educação

Por que a USP está em greve?

Representantes da paralisação afirmam que institutos e cursos da instituição estão em situação precária

Os estudantes da USP (Universidade de São Paulo) entraram em greve na última quinta-feira (21). A paralisação reivindica a contratação de professores, a permanência estudantil na instituição, com auxílio das bolsas, e a reformulação das políticas para permanência dos alunos. Os funcionários da USP também aderiram ao movimento. 

“A pauta central é pela contratação de mais professores. Algumas unidades, institutos, faculdades e cursos estão em situação precária. Nós precisamos repor, não para chegar ao patamar ideal, mas só para repor as perdas que tivemos nos últimos nove anos, que chegam a, pelo menos, 100 professores”, afirmou Mandi Coelho, uma das diretoras do Centro Acadêmico de Letras. 

Em reunião entre representantes dos estudantes e da reitoria, ficou combinado novo encontro para até o dia 28, nos moldes de mesa de negociação, para tratar de todos os temas reivindicados pelos alunos.

MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO
O diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), Reinaldo Santos de Souza, disse os funcionários estão mobilizados por melhores condições de trabalho e pela renovação do acordo coletivo. “A questão do nosso acordo coletivo está ligada à organização e condições de trabalho, principalmente pelo acúmulo de horas que temos de compensação no final do ano”, afirmou. 

 

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Segundo Souza, os funcionários decidiram se juntar aos estudantes, já que as pautas são interligadas. “Um dos problemas mais graves é a falta de funcionários e a necessidade de contratação. Perdemos, desde 2014 até agora, cerca de 4 mil funcionários na USP. Se tínhamos mais de 17 mil, hoje temos aproximadamente 13 mil funcionários”, afirmou o diretor.

REITORIA
Por meio de nota, a reitoria informou que, em 2022, a universidade disponibilizou 879 vagas para a contratação de professores para a universidade. As vagas foram concedidas a partir das demandas apresentadas pelas próprias unidades. No caso da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas foram concedidas 70 vagas. “Importante ressaltar que cabe às unidades realizarem os concursos públicos para essas contratações”, diz a nota.

Em relação à permanência estudantil em 2023, a USP mudou sua política de auxílio. Os investimentos na área tiveram aumento de 58%. Ao todo, a USP investe R$ 188 milhões em ações voltadas a estudantes de graduação e de pós-graduação com necessidades socioeconômicas.

Segundo a reitoria, o valor do auxílio aumentou de R$ 500,00 para R$ 800,00, sendo que os beneficiados com vaga no Conjunto Residencial da USP (Crusp) passaram a receber auxílio adicional de R$ 300,00.

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“Além disso, os auxílios têm vigência durante todo o curso e todos os alunos têm direito à gratuidade nos restaurantes universitários. Por fim, foram concedidos, pela primeira vez, auxílios também para discentes de pós-graduação. A USP distribuiu, neste ano, 15 mil auxílios”, informou a reitoria.

*Com informações da Agência Brasil 

 

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Larissa de Morais
Formada pela Universidade São Francisco, é Assistente de Mídias Digitais do Tudo EP, ACidade ON e EPTV Campinas, onde também foi estagiária de jornalismo. Com passagem por sites de entretenimento e jornalismo independente, tem experiência em redação de material jornalístico para editorias de diferentes segmentos de hard e soft news e em produção de conteúdo para redes sociais.
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