O governo de São Paulo não vai receber livros didáticos físicos do PNLD (Programa Nacional do Livro e do Material Didático) a partir de 2024. Com essa medida, alunos de escolas estaduais, a partir do 6º ano do ensino fundamental, vão ter só livros digitais. O material físico ficará restrito para os anos escolares iniciais.
Em nota, a Secretaria de Educação do estado informou que continua ativa no programa para a distribuição de livros literários.
“A Educação de SP possui material didático próprio alinhado ao currículo do estado e usado nas 5,3 mil escolas, mantendo a coerência pedagógica. Para os anos iniciais, material digital com suporte físico; nos anos finais e ensino médio, material 100% digital“, afirmou.
LEIA TAMBÉM
Unicamp oferece 325 vagas em 57 cursos no Provão Paulista
100 dias para o Enem: saiba o que e como estudar nesta reta final
OPOSIÇÃO À INICIATIVA
Em resposta, a Abrelivros (Associação Brasileira de Livros e Conteúdos Educacionais), que reúne as editoras de livros escolares, se posicionou contra a iniciativa do governo de São Paulo de adotar livros digitais em 2024.
“A decisão afeta cerca de 1,4 milhão de alunos e 100 mil professores do Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano), de 3.818 escolas estaduais de São Paulo, que receberiam gratuitamente quase 10 milhões de livros através do PNLD; e outros 1,3 milhão de alunos do Ensino Médio, de 3.765 escolas”, manifestou em nota.
De acordo com a entidade, a comunidade foi “surpreendida com a decisão”, que teria sido feita às vésperas do processo de escolha de obras didáticas para o ano letivo de 2024. Ela também afirma que a iniciativa vai na contramão do que está sendo visto em países desenvolvidos.
Citando como exemplo o caso da Suécia, teria sido identificada a menor retenção de aprendizado utilizando apenas livros digitais, em que se passou a reconhecer no país a importância do livro físico como essencial para o processo educativo.
LEIA MAIS