12 de dezembro de 2024
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EP Esporte

Puma e Santander, patrocinadores da LaLiga manifestam apoio a Vinícius Júnior

Marcas repudiaram caso de racismo e se solidarizaram com o jogador

 

 

Após o jogador Vinícius Júnior ser novamente alvo de insultos racistas durante uma partida da LaLiga (Organizadora do Campeonato Espanhol), a Puma e o banco Santander, patrocinadores do campeonato manifestaram apoio ao jogador. O brasileiro foi chamado de “macaco” pela torcida do Valencia, no domingo, e ainda acabou expulso. O atacante do Real Madrid subiu o tom das reclamações, por meio das redes sociais, e o caso ganhou repercussão mundial.

Parceira da LaLiga desde 2019, a Puma afirmou que não tolera o racismo e condena qualquer forma de discriminação. “Nos solidarizamos com Vinícius Júnior e toda a comunidade do futebol”, disse a empresa de material esportivo alemã, em comunicado enviado à agência Reuters. A marca, que também patrocina o Valencia, não comentou sobre uma possível retirada de apoio financeiro.

O Santander, por sua vez, disse que “repudia veementemente qualquer manifestação de preconceito ou racismo”. A instituição financeira informou, em agosto do ano passado, que não renovará o contrato pelos “naming rights” da competição para a temporada 2023/24. A empresa de jogos eletrônicos EA Sports, que irá ocupar o lugar do banco, não se manifestou.

Além da EA Sports, outros patrocinadores da LaLiga ainda não se manifestaram sobre os casos de racismo contra Vinícius Júnior. São eles: San Miguel, BKT, Sorare, Microsoft, Gol Ball, Socios com, Golazos e Panini. 

 

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ENTENDA O CASO

O brasileiro Vinícius Júnior foi mais uma vez vítima de racismo na Espanha, no domingo (21). Parte da torcida do Valencia, que enfrentou e venceu o Real Madrid por 1 a 0, gritou insultos racistas direcionados ao jogador brasileiro no segundo tempo da partida, que foi paralisada, e depois retomada, pelo árbitro por causa das ofensas.

Nos acréscimos da partida, o brasileiro, revoltado e desestabilizado pelos rivais, foi expulso depois de se desentender com o atacante Hugo Duro, em quem acertou o braço. Ele levou cartão amarelo, mas, após revisão do lance pelo VAR, foi expulso de campo.

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O episódio gerou revolta no Real, cujo técnico Carlo Ancelotti dedicou sua entrevista coletiva inteira para falar sobre o caso de racismo ao fim da partida. A polêmica aumentou em seguida quando o presidente da LaLiga, Javier Tebas, criticou Vinícius por ter reclamado da postura da entidade diante dos casos de racismo.

São muitos os episódios de preconceito racial contra Vini Jr. Recentemente, o brasileiro depôs na Justiça espanhola no âmbito do caso em que foi xingado de “macaco” por um torcedor do Mallorca em fevereiro deste ano. “Não foi a primeira vez nem a segunda nem a terceira. O racismo é o normal na LaLiga. A competição acha normal, a federação também e os adversários incentivam. Lamento muito. O campeonato que já foi de Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi hoje é dos racistas”, afirmou o atleta em seu perfil no Twitter.

O brasileiro ainda alertou para a imagem que a Espanha passa para o exterior ao permitir que tais ataques aconteçam na maior competição esportiva da nação. “Uma nação linda, que me acolheu e que amo, mas que aceitou exportar a imagem para o mundo de um país racista. Lamento pelos espanhóis que não concordam, mas hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas “ 

 

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Rafaela Viveiros
Formada em Jornalismo pela Universidade Paulista (Unip). Jornalista do Grupo EP, repórter do Tudo EP, está no portal desde 2021 e possui experiências com produção de matérias para os portais, edição de vídeos, imagens e criação de conteúdo para as redes sociais.
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