O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 1,4 ponto em junho ante maio, para 98,8 pontos, informou nesta sexta-feira, 1, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o indicador teve um crescimento de 7,0 pontos no segundo trimestre de 2022, após um recuo acumulado de 8,2 pontos nos dois trimestres anteriores.
“A confiança empresarial avança pelo quarto mês seguido, aproximando-se do nível neutro dos 100 pontos e sinalizando continuidade da fase de crescimento da atividade”, avaliou Aloisio Campelo Júnior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que o ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.
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O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) cresceu 1,9 ponto em junho ante maio, para 100,0 pontos. O Índice de Expectativas (IE-E) avançou 1,6 ponto, para 99,7 pontos.
“Ao contrário dos meses anteriores, em que o Setor de Serviços vinha puxando as altas do ICE, desta vez os demais setores deram uma contribuição mais expressiva para a evolução do indicador. As expectativas empresariais são neutras em relação ao próximo trimestre, mas apresentam um viés ligeiramente pessimista no horizonte de seis meses, um sinal de que o setor produtivo projeta uma desaceleração da atividade ao longo do segundo semestre”, completou Campelo Júnior.
Todos os grandes setores que integram o ICE mostraram melhora na confiança em junho, com destaque para o desempenho das avaliações sobre o momento atual. Apenas os serviços tiveram contribuição mais expressiva do componente de expectativas futuras, apontou a FGV.
A confiança dos serviços cresceu 0,4 ponto, para 98,7 pontos, e a do comércio subiu 4,6 pontos em junho ante maio, para 97,9 pontos. A indústria teve elevação de 1,5 ponto, para 101,2 pontos, enquanto a construção aumentou 1,2 ponto, para 97,5 pontos.
“Apesar da evolução favorável em todos os setores, apenas a confiança da Indústria alcança a faixa de neutralidade no fim do primeiro semestre do ano”, frisou a FGV. Em junho, a confiança avançou em 31 dos 49 segmentos integrantes do ICE. A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 3.896 empresas dos quatro setores entre os dias 1º e 27 de junho.
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