O índice de inadimplência avançou 4,5% no terceiro trimestre de 2022, em comparação com o período anterior. Os números são da Boa Vista. Se comparado com o mesmo trimestre do ano passado, o aumento é de 25,4%. O Indicador de Registros de Inadimplentes também registra alta se for comparado mês a mês. O índice aumentou 2,1% em relação a agosto. Já na comparação com setembro do ano passado, o crescimento é de 31,3%. No acumulado de 2022, a expansão da inadimplência chega a 16,3%.
“Em setembro o indicador voltou a subir e somou o terceiro avanço mensal consecutivo, refletindo mais uma vez a dificuldade das famílias em honrar com seus compromissos em dia”, avalia em nota Flávio Calife, economista da Boa Vista.
Segundo Calife, a melhora observada no mercado de trabalho ao longo dos últimos meses e o alívio da pressão inflacionária ainda não foram suficientes para conter o avanço no número de registros.
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Com os avanços, o índice de inadimplência no País acumula crescimento de 15,3% em 12 meses concluídos em setembro, o que representa uma aceleração ao visto em igual período até agosto, de alta de 12,3%.
Conforme a Boa Vista, o forte avanço do indicador na variação interanual novamente contribuiu para intensificar a tendência de crescimento da curva de longo prazo, que também vem sendo influenciada pelos aumentos expressivos observados nas variações trimestrais e no acumulado do ano.
“A tendência de alta nos registros ainda é forte e deve ser mantida até o final do ano em função do baixo nível de renda real dos trabalhadores e dos juros maiores”, estima.
Crédito
O Indicador de Recuperação de Crédito da Boa Vista teve alta de 0,9% em setembro ante agosto, encerrando o terceiro trimestre com crescimento de 1,2%.
Em relação ao nono mês de 2021, o índice apresenta elevação de 18,5%, o que contribuiu para acelerar a alta nos resultados acumulados, informa. No ano, o ritmo de crescimento passou de 10,2% para 11,1% entre os meses de agosto e setembro, enquanto no acumulado em 12 meses a alta atingiu 8,9%, ante 7,3%.
A Boa Vista lembra ainda que parte desse aumento no mês e nas análises acumuladas reflete o avanço no fluxo de inadimplentes, “que tem sido forte”. Desta forma, acredita que o indicador de recuperação de crédito continue nesta tendência ao longo do último trimestre de 2022. Isso porque, lembra, o indicador de registros de inadimplentes não sinaliza estar próximo de um ponto de inflexão. (Com informações da Agência Estado)
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