O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou, nesta terça-feira (29), o IPP (Índice de Preços ao Produtor), que mede a evolução dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e fretes, da indústria extrativa e de 23 setores da indústria de transformação.
O índice inclui preços da indústria extrativa e de transformação. O dado registrou queda de 0,85% em outubro e a taxa de setembro foi revista de um recuo de 1,96% para deflação de 1,89%. Com o resultado de junho, o IPP de indústrias de transformação e extrativa acumulou aumento de 5,04% no ano, enquanto a taxa acumulada em 12 meses ficou em 6,50%.
LEIA MAIS
Confiança da Indústria cai 3,6 pontos em novembro, para 92,1 pontos
Índices de confiança do comércio e serviços caem em novembro
Considerando apenas a indústria extrativa, houve queda de 3,44% em outubro, após declínio de 3,82% registrada em setembro. Já a indústria de transformação registrou retração de 0,72% em outubro, ante um recuo de 1,79% no IPP de setembro.
BALANÇO POR ATIVIDADE
Apesar da queda de 0,85% no preços dos produtos industriais na porta de fábrica em outubro, 12 das 24 atividades pesquisadas pelo IBGE registraram altas no mês passado. Tanto os preços das indústrias extrativas quanto os preços das indústrias de transformação caíram em outubro.
Segundo o IBGE, o setor industrial de maior destaque na variação agregada do IPP em outubro foi o de “outros produtos químicos”, responsável por -0,44 ponto porcentual (p.p.) de influência na queda de 0,85% da indústria geral. Os preços da indústria química, no mês de outubro, caíram 4,58%, a sexta variação negativa no ano, informou o IBGE.
Também puxaram a queda do IPP de outubro a atividade de “refino de petróleo e biocombustíveis”, com -0,17 p.p. de influência, ao registrar deflação de 1,40%. Esses preços registraram o terceiro mês seguido de queda, mas ainda acumulam alta no acumulado em 12 meses. “Nesses três meses, o recuo de preços foi de 14,51%, e o acumulado no ano atingiu 16,26% (ante 60,40% no mesmo mês do ano anterior). No acumulado em 12 meses, a variação foi de 23,00%, a menor desde fevereiro de 2021 (18,25%)”, diz a nota do IBGE.
Outro destaque na queda do IPP foi a indústria de alimentos, com queda de 0,41%, e impacto negativo de 0,10 p.p. na variação agregada de outubro. Também foi o terceiro mês seguido de queda nos preços de alimentos.
“Desde 2017 primeiro entre janeiro e abril, depois entre junho e setembro não houve um período de variação negativa acima de dois meses consecutivos. O acumulado no ano recuou de 5,82% em setembro para 5,39%, 10,31 p.p. menor do que o observado em outubro de 2021. No acumulado em 12 meses, a variação de outubro é de 8,08% – nessa perspectiva há uma série decrescente desde julho de 2022 (quando era 19,55%)”, diz a nota do IBGE.
Já a queda de 3,44% nas indústrias extrativas levou a um impacto negativo de 0,17 p.p. na variação agregada do IPP de outubro.
Conforme o IBGE, o recuo de outubro foi o quinto seguido. “Nesses cinco meses, a queda foi de 22,80%. No acumulado no ano, a variação foi de 0,90% quando, no ano anterior, era de 37,66%, e, no acumulado em 12 meses, de -16,56%, novamente o quinto mês com resultados negativos nessa perspectiva”, destaca a nota do IBGE.
LEIA TAMBÉM