Os fundos dos super-ricos podem começar a ser taxados, segundo projeto do ministro da Economia, Fernando Haddad. Esses produtos financeiros exclusivos são voltados para quem tem pelo menos R$ 10 milhões e busca ter proteção e retorno de seus recursos.
O objetivo dos fundos é receber recursos ou aplicações de um único investidor. Eles contam com apenas um cotista, que pode ser pessoa física ou jurídica, sendo o único responsável por bancar a criação e manutenção do fundo. Para manter o investimento, os custos são altos, com taxas como de administração, de performance e de custos.
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Outro diferencial dos fundos dos super-ricos é a tributação, em que os responsáveis são taxados apenas quando vão resgatar o dinheiro. Além disso, a incidência do IR (Imposto de Renda) é feita pela tabela regressiva, em que, quanto maior o tempo aplicado, menor é a alíquota paga pelos investidores.
Para administrar os recursos, há um gestor profissional, que pode colocar o dinheiro em ações, multimercado ou renda fixa. A operação deve ser registrada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
POR QUE FUNDOS DOS SUPER-RICOS VÃO SER TAXADOS?
O Ministério da Fazenda planeja gerar R$ 10 bilhões em receitas em dois anos, a partir da taxação dos fundos dos super-ricos. Esse dinheiro seria destinado para ajudar a pasta a colocar as contas no azul, na tentativa de zerar um déficit estimado em mais de R$ 100 bilhões nas contas públicas.
Governos anteriores já chegaram a discutir essa ideia, como, por exemplo, os dos presidentes Michel Temer e Jair Bolsonaro. O projeto de lei da proposta deve ser enviado ao Congresso Nacional ainda em agosto.
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