Por Eduardo Gregori
edugregori@gmail.com
A recente escalada nos preços dos combustíveis tem feito muitas pessoas que viajam de carro a repensar o orçamento e o destino. É preciso colocar na ponta do lápis o custo benefício e levar em conta outros fatores como pedágios, estacionamentos e o desgaste do veículo. Uma alternativa para economizar é optar pelo ônibus.
E para quem tem alguma resistência em viajar de ônibus, baseado principalmente em um senso comum de que este tipo de viagem, além de demorada, é desconfortável, precisa rever estes conceitos. As empresas do setor vêm investindo em uma série de mudanças, que passam pela reformulação dos veículos e passaram a oferecer serviços de luxo, tecnologia, programas de fidelidade e descontos que podem chegar aos 70%.
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De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati), uma série de investimentos vêm sendo realizados desde 2021 para que as viagens rodoviárias sejam mais atrativas e confortáveis.
Entre as novidades, destacam-se o lançamento de serviços de luxo como a cabine-cama na rota Rio de Janeiro – Belo Horizonte. Nessa categoria de viagem o passageiro viaja em ônibus com poltronas que viram camas em cabines com espaço de até 170cm, duplas ou individuais (para quem quer privacidade) e ainda contam com tomadas USB e Wi-Fi 4G a bordo.
Outras empresas apostam em descontos mais robustos, principalmente em viagens durante a madrugada. De acordo com a Abrati, os melhores horários para encontrar passagens muito baratas são a partir das 22h. A entidade afirma também que, passagens adquiridas com maior antecedência têm preços ainda melhores.
Além de descontos e ônibus mais confortáveis, há empresas que trocaram a frota, apostando em modelos zero km. Companhias que operam linhas de Fortaleza para Juazeiro, Belém, São Luiz, João Pessoa e Recife já contam com ônibus inteiramente novos.
Economia e malha viária
Um levantamento da Abrati aponta que viajar de ônibus pode representar uma economia de até 80% se comparado a uma viagem, seja de carro ou de avião, mesmo em um cenário que vive sob a alta do diesel. Além disso, a malha rodoviária está conectada a 97% do país, interligando quase 5 mil municípios em todas as regiões.