A cidade de Três Pontas completou 166 anos de emancipação político-administrativa em 3 de julho deste ano. O seu atual nome vem da serra, ponto culminante localizado na região Leste, a 10 km do município, e que também se tornou ponto turístico. Mas a origem do município data do século XVIII, por volta de 1768. Após a destruição dos quilombos existentes na região, novos povoadores chegaram.
Segundo informações do “Dicionário Escolar com Histórico do Município (1998)”, o governo da então Capitania de Minas começava naquela época os trabalhos de exploração da região. E coube ao Capitão, Bartolomeu Bueno do Prado, bisneto de Anhanguera, desbravar a área. Acompanhado de outros capitães, eliminou os quilombos existentes e permitiu a chegada de novos moradores. Inclusive, ele foi um dos que ficaram na região, onde colaborou com a povoação.
Posteriormente, foram feitos novos requerimentos de sesmarias (glebas de terra) ao governo da capitania.
O Capitão, Bento Ferreira de Brito, foi um deles. Seu pedido foi deferido, mas com a condição de que doasse parte do patrimônio para construção de uma capela, o que veio a ocorrer em 03 de outubro de 1794. Fato este questionado pelo professor e historiador, Paulo Costa Campos, em seu “Dicionário Histórico e Geográfico de Três Pontas (2004)”, uma vez que não localizou documento algum que registrasse tal doação.
Mas ambas as publicações têm a informação comum de que a origem e desenvolvimento do município se deram a partir da construção da capela no local denominado Fazenda do Taquaral. A estrutura foi erguida em devoção a Nossa Senhora d’Ajuda, uma vez que a maioria dos povoadores tinha origem portuguesa e eram devotos da Santa.
Já segundo informações do “Dicionário Histórico e Geográfico de Três Pontas (2004)”, após a chegada dos novos moradores, o arraial se desenvolveu. Com isso, mais um nome ganhou destaque: Coronel Antônio José Rabello e Campos, conhecido como “Rabelinho”.
Foi através de um pedido dele que, em 14 de julho de 1832, a região passou a ser Freguesia. Em seguida, foi nomeada a Paróquia local que teve como vigário o Padre Bonifácio Barbosa Marins, natural de São João Del Rey.
A publicação detalha ainda que a Freguesia teve sob sua jurisdição as áreas de Nossa Senhora do Carmo (município de Campos Gerais) e Espírito Santo da Varginha (município de Varginha). O progresso continuava e, pouco tempo depois, em 1º de abril de 1841, a Freguesia foi elevada à Vila.
Em 10 de fevereiro de 1842, foi instalada a primeira Câmara Municipal. Seu primeiro presidente eleito foi o Sargento-mor Antônio Gonçalves de Mesquita. A nova vila abrangia os distritos de Água-pé (município de Guapé), Carmo do Campo Grande (município de Campos Gerais), Dores da Boa Esperança (município de Boa Esperança) e Varginha. Em 27 de abril de 1850, foi criada a Comarca e, em 03 de julho de 1857, ocorreu elevação à Cidade.
Curiosidades sobre Três Pontas
– Antes de assumir o nome atual, o território do município chegou a ser conhecido como Candongas, São Gonçalo e Nossa Senhora d’Ajuda;
– Conforme o professor e historiador, Paulo Costa Campos, em seu “Dicionário Histórico e Geográfico de Três Pontas (2004)”, desde a origem do arraial, a área era conhecida como Aplicação da Capela de Nossa Senhora d’Ajuda de Três Pontas;
– Na publicação, existe ainda a informação de que a região já era conhecida em tempos mais antigos, por volta de 1750. Isso porque foram encontrados em cartas de sesmarias da época menções de terras que se situavam “indo para a Serra das Três Pontas”;
– Quem nasce em Três Pontas é o que? Trespontano ou Trespontense? Ambos estão corretos. Segundo informações do “Dicionário Histórico e Geográfico de Três Pontas (2004)”, o gentílico atual, Trespontano, com a grafia dessa forma, passou a ser adotado no início do século XX. Os cidadãos naturais do município eram chamados, inicialmente, de Trespontenses. Mas, pouco tempo depois, começou a se utilizar Três-pontano. E, atualmente, o mais comum e utilizado é Trespontano.
*Com informações da Viva Turismo/André Rosa
LEIA MAIS