Com as últimas semanas de 2020 turbulentas no âmbito afeano, devido às acusações contra Saul Klein, ao vice campeonato no Paulistão feminino com goleada de 8 a 1 no placar agregado, a uma reformulação iminente no elenco das Guerreiras grenás e a uma indefinição completa sobre o elenco masculino, a Locomotiva inicia 2021 rodeada por dúvidas.
Ao que tudo apontava, 2020 seria O Ano para a equipe de Araraquara, mas se tornou O Pesadelo: como já levantado anteriormente, a eliminação na Série D e a constante troca de técnicos mostrou a incapacidade do grupo gestor afeano, comandado por um sugar daddy nem um pouco necessário e totalmente irresponsável, sendo ainda pior que seu afastamento tenha sido decidido pelo próprio investidor.
Pelo lado do feminino, imagino que as jogadoras e as funcionárias do clube tenham se sentido enojadas ao fazer parte da mesma organização que um investidor de moral duvidosa, como é esse “reizinho sem honra” a frente da Ferroviária. Dessa forma, a reformulação é entendível: Rafa Mineira, Elisa, Chu e Nenê se despediram da Locomotiva. Porém, os motivos não foram revelados; a falta de dinheiro pode ser uma opção, porém mais irrealista.
Além disso, a não renovação do contrato da treinadora bicampeã brasileira Tatiele Silveira foi surpreendente. Para o lugar da comandante gaúcha, Lindsay Camila provavelmente aterrissará em Araraquara para fechar contrato; pelo lado das jogadoras, por enquanto nada definido.
Falando agora sobre a Ferroviária masculina, a situação é a mesma das Guerreiras: indefinição sobre futuro, porém, nesse caso, a reformulação é possível. Com o desastre na quarta divisão nacional de 2020, o aumento no nível em relação à competição nacional e as caras novas que sempre aparecem para a disputa do torneio paulista, é de se esperar que muitos jogadores saiam e que outros cheguem.
Até o exato momento, é difícil comentar a situação de chegadas de jogadores(as) em Araraquara, para a disputa do Paulistão e possível Série D, pelo elenco masculino, e disputa da Libertadores de 2020 (que será realizada em março de 2021, na Argentina), Paulistão e Brasileirão, pelo esquadrão das Guerreiras.
Uma coisa é certa: essa parceria com este investidor não vai muito bem. O dinheiro, que surgia como solução, muitas vezes faltou para a Ferroviária e nós continuamos no topo do futebol feminino e na primeira divisão paulista. Com poucas expectativas, eu lhes desejo um bom 2021 e que a nossa Locomotiva consiga ultrapassar esses problemas e conquistar acessos e títulos, como sempre queríamos e, muitas vezes, conseguimos.