No último sábado (19) a Ferroviária venceu o Mirassol por 2 a 0 e se livrou do rebaixamento, não precisando se preocupar com o resultado no jogo entre Ponte Preta e Ituano, que resultou no rebaixamento da equipe de Campinas para a Série A2 do Paulistão.
Tendo disputado, de longe, o melhor jogo na temporada, a Locomotiva contou com boas atuações de todo o time, em especial dos laterais Vidal e Breno Lopes, do volante Vitinho e do atacante capitão Bruno Mezenga, autor do segundo gol com 18 segundos de segundo tempo.
A título de curiosidade, a Ferroviária não ficava 90 minutos sem sofrer um gol há 10 jogos, quando venceu o Água Santa, na segunda rodada do Paulistão. Aliás, essas duas partidas foram as únicas vencidas pela Ferroviária na arena em todo o ano de 2022.
A Fonte Luminosa, que era uma verdadeira fortaleza para a equipe grená, não manteve o mesmo aproveitamento da Série D. Lógico que eram campeonatos diferentes, com níveis diferentes, mas esse número de vitórias é pouco para a Locomotiva.
Resta à Ferroviária o Troféu do Interior, que começa na sexta-feira (25) em um jogo contra a Inter de Limeira, em Araraquara, e a Série D, que começa no dia 17 de abril, em um embate frente à URT, também na Morada do Sol.
Além dessas competições, a incerteza sobre uma troca de técnico, de direção e de dono são dúvidas que giram em torno da Ferroviária. É importante citar a reformulação do elenco, que com certeza contará com baixas importantes, assim como contará com reposições necessárias.
Quanto ao Elano, tão criticado pela torcida e por parte da imprensa, é possível que ele fique, mas também que ele seja substituído. Recentemente, os nomes Tiago Caprini e Vinícius Munhoz foram ventilados nos bastidores grenás.
O técnico afeano teve um desempenho abaixo do esperado no Paulistão, mas a sua temporada passada na Ferroviária (contando fim do Paulistão e Série D) teve um aproveitamento absurdamente positivo: 53 pontos conquistados de 72 disputados (contabilizando mata-matas e pontos corridos), totalizando uma porcentagem de 73,6%.
Ou seja, essa questão acerca da demissão de Elano, para a contratação de algum outro técnico, é uma discussão difícil, com os dois lados que podem ser tranquilamente defendidos, mesmo que eu creia que seja melhor, para a Ferroviária, uma possível saída do técnico.
Um eventual rebaixamento à Série A2 do Paulistão poderia ser um tiro no pé do projeto afeano, que vem se estruturando nas últimas temporadas. Foi um verdadeiro alívio que a permanência na elite foi assegurada, seria um desespero tremendo para os torcedores grenás pensar com um descenso similar ao de 1996, quando após isso, a Locomotiva ficou 19 anos longe da elite.