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*Por João Vitor Segura, do blog da Torcida
O desastre estava escrito nos livros há tempos. A Ferroviária não foi capaz de vencer o Juventus pelas quartas de finais do Paulistão A2 e está eliminada do campeonato estadual. A Locomotiva foca, agora, na Série C. O acesso no Paulistão fica para a próxima temporada
Em toda a competição, a equipe de Araraquara teve diversos problemas dentro das quarto linhas e, em um conjunto de decisões equivocadas, fez a única coisa que não deveria: permaneceu na segunda divisão do Campeonato Paulista.
A Locomotiva sacramentou o seu fracasso nas partidas contra o Juventus. Na primeira fase do torneio o clube conquistou a terceira colocação e, mesmo perdendo pontos contra times da parte de baixo da tabela, fez uma boa campanha nos pontos corridos.
Mas, o nosso grande trunfo na Série D da temporada passada foi o que se virou contra nós. O mata-mata realmente matou a Ferroviária. Era matar ou morrer, e nós morremos. Nadamos e morremos na praia.
A demissão de Alexandre Lopes era, teoricamente, compreensível. O começo na Série A2 não agradou e, mesmo invicto, não era com quatro empates em cinco jogos que, em tese, voltaríamos à Série A1.
A escolha por Vinícius Bergantin, que tinha passado por Inter de Limeira e Ituano, era compreensível, em primeiro instante. Mas, o suposto treinador provou que era a pior escolha para o comando da Ferroviária na competição.
Sem repetir escalações nas partidas que comandou a equipe, a Locomotiva de Bergantin conseguiu vitórias importantes na primeira fase. Mas, as definições no jogo mais importante da temporada são, no mínimo, questionáveis.
Era um time apático, com medo de decisões. Dois volantes e uma formatação atípica no momento mais importante de todos esses quase quatro meses até aqui? O treinador gostava tanto de fazer o ‘feijão com arroz’, porque não fez agora? Qual o sentido disso?
Jogando em seus domínios, a escolha por uma formação inédita e a decisão de morrer com duas alterações a fazer não são condizentes com um time que era melhor e que deveria se impor no confronto.
Além disso, enquanto Sérgio Soares, treinador do Juventus, levantava e conversava com seu time durante a parada técnica, Bergantin protagonizava um vexame. Com a equipe pressionada pelo time da Mooca, o espectador da área técnica ficava sentado no banco de reservas, como se a postura da equipe estivesse correta. Essa é a postura que um treinador deveria ter?
No intervalo, as alterações de Cauã Aguiar e Antônio poderiam e, na minha opinião, deveriam ser feitas. Ambos não faziam um bom jogo e o camisa 10, por sua vez, estava amarelado.
A postura de dominada dentro de casa foi algo presente no jogo da Ferroviária contra o Moleque Travesso. E nada fez Bergantin para solucionar essa incongruência. Parecia que o acesso não era o grande objetivo da equipe.
O fracasso na Série A2 passa pelo treinador, passa pelos jogadores. Mas, acima de tudo, os responsáveis são aqueles que contrataram e entenderam que teríamos sucesso nessas circunstâncias. A ‘diretoria’ da Locomotiva foi praticamente amadora.
Treinadores vêm e vão. Jogadores vêm e vão. Mas a Ferroviária segue. É a temporada mais importante da história recente. A competição que tanto esperamos começa agora. Temos, nesse momento, um mês de preparação para a Série C.
Mais que uma contestação e um desabafo, esse texto é uma súplica. Que um dia essa atual diretoria entenda o que é ser Ferroviária. As escolhas não são condizentes. A esperança é de que elas sejam minimamente corretas em um futuro próximo.
As coisas precisam mudar.