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Cotidiano11 pedágios da região de Araraquara têm novo reajuste

11 pedágios da região de Araraquara têm novo reajuste

Reajuste começou a valer nesta terça-feira (22), economista explica que o reajuste de mais de 10% é reflexo da inflação nacional

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11 praças da região de Araraquara sofrem reajuste (Foto: Reprodução/EPTV)

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 Os pedágios das rodovias administradas pela Arteris ViaPaulista já estão mais caros para o motorista que passa pelo trecho.  

As novas tarifas nas onze praças sob concessão da empresa foram reajustadas em 10,24% e começaram a valer desde meia-noite desta terça-feira (22).  

A decisão que autoriza o reajuste foi publicada neste final de semana pela Artesp, no Diário Oficial e leva em conta a evolução do índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA). 

O pedágio em Guatapará, no km 45,500 da Rodovia Antônio Machado SantAnna, entre Araraquara e Ribeirão Preto, é onde o motorista vai sentir mais o peso nos bolsos. 

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Motorista de automóveis que até ontem pagavam R$ 13,20 para passar, agora precisam desembolsar mais R$ 1,30 para seguir viagem. A nova tarifa nessa categoria de veículo é de R$ 14,50. 

O caminhoneiro, que tem veículo com seis eixo, é o que sofre mais com o preço salgado. A tarifa para essa categoria saltou de R$ 79,20 para R$ 87,30, R$ 8,10 a menos no bolso do trabalhador.  

O pedágio de Guatapará se destaca como o mais rentável para a ViaPaulista, pelo menos considerando o valor das tarifas praticadas, já motocicletas pagam R$ 7,30.  

No pedágio de Boa Esperança do Sul, no km 117,220 da SP-255 a Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros, que liga Araraquara a Jaú, a vida do motorista também não está fácil.  

O motorista de automóvel que pagava R$ 8,10 para passar, desembolsa, agora, R$ 8,90. A tarifa de caminhões e ônibus com dois eixos passa de R$ 16,20 para R$ 17,90. Veículos com três eixos têm tarifa de R$ 26,80, de seis eixos, R$ 53,60, já motociclistas pagam R$ 4,50. 

Em São Carlos, outro pedágio da ViaPaulista também dificulta a vida do motorista quando é alta das tarifas. Na praça do km 254,374, da SP-318 Rodovia Engenheiro Thales de Lorena Peixoto, que liga São Carlos a Ribeirão Preto, o motorista de automóvel já paga R$ 6,70.  

As tarifas para caminhões e ônibus com dois eixos é de R$ 13,40, e de três eixos, R$ 20,10, já motociclistas pagam R$ 3,30. 

O economista Eduardo Rois Morales Alves, colunista da CBN Araraquara, explica que o reajuste de mais de 10% é reflexo da inflação nacional. 

“Esse reajuste de mais de 10% do pedágio da Arteris ViaPaulista, que possui dentre outras estradas do estado de São Paulo, algumas que cruzam Araraquara, significa mais alguns pontos no processo inflacionário em que sofre o estado, Araraquara e o próprio país”, frisa 

“Sem dúvidas, o item transporte é o que mais encareceu em 2021, que sofreu com o aumento do combustível e esse aumento de dois dígitos, que possui dois significados: ele é fruto dessa inflação que é elevada, que é o IPC acumulado no ano, que ultrapassa a casa dos 10% e é um índice alto para os padrões brasileiros no pós plano real e marca pontos no aumento dos custos, na inflação de custos que o estado está sofrendo”, explica.  

REAJUSTES

Em julho deste ano, quando ocorreu o tradicional reajuste tarifário para todas as concessionárias a ViaPaulista ficou de fora.  

Segundo a Artesp, na época, os prazos contratuais com a empresa eram diferentes das demais do setor. Naquele mês, o reajuste geral foi de 8,05%, bem menor do que os 10,24% concedidos no final de semana para a ViaPaulista, que ainda possui grande parte do seu trecho concessionado sob pista simples. 

O contrato de concessão prevê que ao longo dos próximos anos, mais de 280 km, dos 316,5 sob responsabilidade contratual, sejam duplicados. Para Eduardo Rois, a alta das tarifas traz prejuízos em diversos segmentos da economia, como uma reação em cadeia. 

“Toda a distribuição de alimentos e produtos que passam pela gente – supermercados ou empresas sediadas aqui – vão sofrer com esse aumento de pedágio e isso será repassado aos preços. O Brasil vem sofrendo com uma inflação de custos importantes, sobretudo, aquelas oriundas de combustíveis e energias elétricas. Esse aumento, na medida em que ele é significativo, vai acabar batendo em preços. Então, não só os usuários dessas estradas irão sentir, mas também os alimentos e produtos que vem para Araraquara também irão sofrer. E isso vem em um mau momento, pois a economia está estagnada, os preços estão subindo e, em um momento desfavorável para a retomada da economia, vem um reajuste autorizado pelo Governo de São Paulo. Mais uma vez o consumidor sofre com esse reajuste. O poder público poderia ter um pouco mais de sensibilidade e postergá-lo um pouco e colaborar para a superação de um momento tão adverso”, ressalta. 

A Artesp não quis se manifestar sobre o assunto, embora tenha total competência para explicar os cálculos que impactam diretamente no bolso dos motoristas. 

A ViaPaulista disse, também em nota, que a diferença no percentual de reajuste da concessionária em novembro para as demais que tiveram atualização no mês de julho deve-se somente a diferença do período de contrato, uma vez que o índice IPCA utilizado é o mesmo e que o reajuste está previsto no contrato de concessão assinado com o Governo do Estado de São Paulo.

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