Foi identificado pela Polícia Civil o suspeito de agredir um morador em situação de rua, no último sábado (22), em frente ao Teatro Municipal, na Fonte Luminosa, em Araraquara. O homem tem 28 anos, se apresentou voluntariamente e deve responder ao processo em liberdade.
Rodrigo Aparecido da Silva, de 38 anos, foi agredido com duas pauladas – uma delas na cabeça. Ele foi socorrido, permaneceu internado na Santa Casa, mas não resistiu e morreu na última quarta-feira (26).
É uma pessoa trabalhadora, disse que estaria ali para pegar o ônibus. Segundo a versão dele, foi ameaçado pela vítima que estaria, inclusive, bastante alterada. Para se defender, ele pegou um pedaço de caibro que estava em uma das plantas que tinham ali e acabou golpeando a vítima”, explicou o delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Fernando Teixeira Bravo.
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Segundo as investigações, o crime aconteceu por volta das 6h da manhã. O suspeito, que seria enfermeiro em um hospital particular, teria encerrado um plantão e estaria voltando para casa.
Testemunhas teriam dito que Rodrigo, que seria morador em situação de rua e usuário de drogas, teria importunado outras pessoas momentos antes de ser agredido. Ele, inclusive, já teria passagem criminal pelo mesmo motivo.
“Nós tivemos relatos de que a vítima estaria importunando, jogando pedras e estaria alterada. É possível ver pelas imagens que, quando o autor chega, a vítima passa várias vezes, faz gestos, arremessa pedra. Entretanto, para polícia, isso não modifica o fato das agressões que causaram a morte”, ponderou Fernando Bravo.
De acordo com o delegado, imagens de uma câmera de segurança confirmam parte da versão apresentada, mas não são suficientes. “A imagem pega um ângulo que permite ter uma visão parcial do ocorrido. Então, todo o fato que aconteceu de um lado que a câmera não pega a gente vai tentar recriar através dos testemunhos das pessoas”, justificou.
A DIG tenta, agora, localizar e ouvir novas testemunhas. Durante as investigações, o suspeito deve permanecer em liberdade.
“Neste caso, o autor não tem antecedentes criminais, trabalha, é uma pessoa que esta colaborando, se apresentou, disse estar arrependido, alegou que não teria intenção de matar. Então, nós entendemos não haver motivo para uma prisão cautelar”, concluiu Fernando Bravo.