Após uma semana, familiares e amigos do empresário Fábio Luiz Alves Gaspar, de 39 anos, protestaram e pediram por justiça em frente a casa noturna, onde o rapaz morreu.
Fotos, velas acesas, flores e pedidos por justiça tomaram a frente do local, que suspendeu a programação deste final de semana.
Fabinho Cross, como era conhecido, morreu no sábado (31) de parada cardíaca, após ser colocado para fora da balada.
Segundo familiares, ele teria morrido após ser agredido por seguranças do estabelecimento. A casa postou um comunicado lamentando a morte e afirmando que colabora com as investigações (veja abaixo).
Em entrevista ao g1 São Carlos e Araraquara, a advogada Josimara Veiga Ruiz afirmou que o caso está sendo investigado pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais), após a elaboração de um boletim de ocorrência por “morte suspeita” e a intervenção da Polícia Técnico-Científica.
“Fábio morreu durante uma abordagem excessivamente truculenta da equipe de segurança da casa noturna, fato já comprovado. Diversas perícias estão sendo realizadas pelo Instituto de Criminalística, como exames necroscópicos, análise do local, gravações das câmeras de segurança e oitivas de testemunhas oculares”, declarou a defensora.
Josimara Veiga Ruiz acrescentou que testemunhas relataram que Fabinho Cross quebrou uma garrafa de uísque que havia comprado no local e foi retirado pelos seguranças com o uso de um golpe conhecido como mata-leão.
De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Fernando Bravo, o laudo pericial será fundamental para esclarecer a causa da morte de Fabinho Cross. O resultado deve sair em até 10 dias, enquanto as investigações prosseguem com a oitiva de testemunhas.
“Estamos apurando todas as hipóteses, e as testemunhas estão sendo ouvidas. As imagens do DVR (gravador de vídeo digital) estão em análise. Não sabemos se foi morte natural, provocada ou lesão seguida de morte. Dependo do laudo pericial para esclarecer”, explicou o delegado.