“Infectologistas que temos ouvido dizem que a crise que vivemos hoje é grave, mas o tsunami ainda está por vir. Ainda não chegou, mas é quando pacientes que bateram recorde de contaminação estiverem demandando leito”.
O alerta é do prefeito Edinho Silva (PT), durante reunião chamada pela Câmara Municipal, nesta quarta-feira (24), para discutir o enfrentamento à pandemia da covid-19.
Desde as 12 horas do último domingo (21), a cidade de Araraquara está em lockdown total com regras rígidas de circulação por causa do crescimento dos casos e mortes.
No momento mais grave da circulação do vírus, Silva diz que há grande preocupação com a falta de profissionais e a ausência de produção de usinas de oxigênio no mercado brasileiro.
“Temos duas dificuldades, primeiro encontrar profissionais médicos, pois não temos para montarmos equipes para o aumento de leitos que temos que gerar e um problema estrutural de encontrarmos usina geradora de gases medicinais para pacientes covid-19, que é o que ele mais necessita”, afirma.
Nesta quarta-feira a cidade chega a 1.248 pessoas em quarentena e ocupação de 100% dos leitos de enfermaria e Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Segundo Silva, na semana passada eram 60 leitos de UTI e agora são 73. Ainda de acordo com o chefe do Executivo, a cidade possui 165 leitos de enfermaria ocupados por pacientes.
Silva afirma que a cidade trabalha para ampliar leitos, mas há 13 pacientes na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Xavier aguardando por transferência e não há vagas.
O encontro promovido pela Câmara foi coordenado pelo presidente, Aluísio Boi (MDB) e a vice-presidente Thainara Faria (PT). Participaram líderes políticos e populares.
Presente na reunião, o deputado federal Baleia Rossi (MDB) anunciou a destinação de uma emenda parlamentar de R$ 500 mil para custeio da Santa Casa de Araraquara.