Aluna traumatizada e sem conseguir sair de casa. Assim está a estudante de 16 anos que sofreu ameaças de uma professora substituta e de colegas de classe, na Escola Estadual Dr. Alberto Alves Rollo, em Américo Brasiliense, na quinta-feira passada (24).
De acordo com o pai da garota, Cícero Donizete de Oliveira, as ameaças começaram após a filha e uma colega questionarem na diretoria uma falta na lista de chamada na aula da educadora.
TRAUMA
Após uma semana do episódio, o pai da estudante disse que sua filha tem medo de ficar sozinha e a rotina da família foi totalmente alterada. Os pais realizaram boletim de ocorrência na semana passada.
“A minha filha tem medo de ficar sozinha, está muito complicado. Até o momento estava acreditando que era brincadeira de mau gosto. Acabou com minha vida, não consigo trabalhar em paz e nem a minha esposa. Estou levando ela comigo para meu trabalho que é nas ruas”, comentou.
A reportagem do acidadeon on teve acesso aos prints das conversas.
AJUDA PSICOLÓGICA
Cícero enfatizou que após o ocorrido não teve nenhuma orientação da escola sobre suporte psicológico, e foi atrás de atendimento para a filha na cidade de Santa Lúcia, cidade em que moram.
Segundo os advogados da família, Jair Amando e Luiz Felipe Maciel, a adolescente está em tratamento psicológico desde a sexta-feira (25) passada, após insistência do pai da menor de idade.
“O atendimento ocorreu após a insistência dele, uma vez que o genitor conseguiu suporte na junto ao Conselho Tutelar na cidade de Santa Lucia”, frisaram.
Os advogados informaram que apenas nesta tarde de quinta-feira (31) que a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo entrou em contato com a família de Cícero.
“Ele tentou o contato com a Diretora do EE Dr. Alberto Alves Rollo, sra. Cíntia Ramalho, questionando sobre o tratamento psicológico que teria sido disponibilizado (vide reportagens), todavia, recebeu a informação de que não seria possível o atendimento em razão da falta/substituição da profissional. O atendimento em outra unidade se daria somente hoje às 14 horas. Antes eles tiveram que ir atrás de apoio”, esclareceram.
Cícero disse que a família passa por um momento difícil e de muita dor.
“Esses dias ela me fez uma pergunta que me machucou muito:”pai, por que este ódio de mim se eu não conheço ela?” E caiu em lágrimas. E difícil até pra gente responder e entender. Ela só tem 16 anos e não tem estrutura para viver isso “, desabafou.
Em nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc) informou que em acolhimento a estudante, foi realizado atendimento com Psicólogo da Educação, acompanhado do responsável.