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CotidianoAnsiedade e distanciamento marcam volta às aulas em Araraquara

Ansiedade e distanciamento marcam volta às aulas em Araraquara

O segundo semestre começa nesta segunda-feira (2) para alunos das escolas estaduais; veja como foi

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Volta às aulas em Araraquara na Escola Antônio Joaquim de Carvalho (Foto: Amanda Rocha)

 
O primeiro dia de aulas presenciais nas escolas estaduais em Araraquara nesta segunda-feira (2) foi marcado pela ansiedade dos alunos em voltar das férias e também pelos protocolos sanitários de combate ao covid-19. As aulas presenciais já voltaram na cidade desde abril, mas neste segundo semestre a capacidade de ocupação das escolas aumentou, podendo chegar a 100% caso seja possível manter os alunos com distanciamento de 1,5 metros. 

Na Escola Estadual Antônio Joaquim de Carvalho, o Anjoca, a volta às aulas foi tranquila. Para seguir à regras de distanciamento social, a escola fará um rodízio de alunos. Uma turma de 30 anos, por exemplo, foi dividida em três grupos. Cada grupo frequenta a escola presencialmente por uma semana e depois continua o ensino de forma remota nas outras duas semanas. Até então, as aulas tinham dois ou três alunos por sala. 

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De acordo com a diretora Maria Carolina Ribeiro Brasão, foi enviado um questionário aos pais sobre as aulas presenciais, já que o retorno é optativo e as aulas remotas vão continuar. “Houve uma adesão significativa logo nesta primeira semana, mesmo porque as crianças estavam precisando ter esse contato com os colegas e os professores, sempre de forma segura”, explica.   

Distanciamento entre as carteiras nas salas de aula faz parte do protocolo (Foto: Amanda Rocha)

A escola se adaptou para essa nova demanda, com adesivos no chão que ajudam no distanciamento social, carteiras longe umas das outras, álcool gel à disposição e cartazes lúdicos com orientações sobre uso da máscara e lavagem das mãos. O bebedouro foi adaptado para ser acionado por um pedal, de forma que as crianças não precisem colocar a mão. “As crianças já se acostumaram com os protocolos porque desde abril quando voltamos eles foram incorporando gradativamente”, afirma. 

A professora Kesia Cibele Peixoto Alves dá aulas para a turma do terceiro ano, com alunos de 8 e 9 anos. Desde abril, ela tem dado aulas presenciais para poucos alunos, dois ou três de cada vez, e lecionado de forma remota, com vídeo-chamadas e dando o suporte para os pais, inclusive aos finais de semana. “Hoje eles chegaram olhando tudo, está diferente, mas senti alegria neles, estavam querendo voltar. No aprendizado remoto, a gente se reinventou, mas o presencial é diferente. Tem essa interação, o contato. Nós, os professores, também aprendemos com os alunos. Eles estão bem felizes e eu também estou”, conta. 

Neste novo momento, Kesia acredita que o maior desafio nesta nova fase é conseguir sanar as defasagens, já que estamos há quase dois anos em uma pandemia e muitas crianças não conseguiram acompanhar os estudos da mesma maneira.   

“Alguns dizem que foram praticamente dois anos perdidos, mas eu acho que são dois anos em que trabalhamos de uma maneira diferente. Alguns alunos se perderam sim, estão defasados, então o próximo desafio do professor é ajudar esse aluno que não voltou totalmente para o ambiente escolar. Eu acredito que vai dar tudo certo”, finaliza. 

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Para o Dirigente Regional de Ensino de Araraquara, Paulo Pereira da Silva, a expectativa do retorno presencial era grande. “Hoje, por ser o primeiro dia, está superando nossas expectativas, pelo o que estamos acompanhando nas nossas escolas, de forma que o atendimento está sendo feita de maneira satisfatória, respeitando os protocolos e com as equipes escolares prontas, preparadas e seguras para que o retorno”, afirma. 

Paulo afirma que neste primeiro dia não houve dificuldade por parte dos alunos para seguir os protocolos sanitários. “Conversei com estudantes dos anos iniciais, eles estão bem tranquilos e já adaptados com os protocolos. Estive em escolas com ensino médio e também já estão adaptados. Porém, cabe a nós, como escola, reforçar a importância de seguir os protocolos. É importante, ainda que haja flexibilização, que todos usem a máscara, álcool gel, lavem as mãos com água e sabão e preservem o distanciamento entre as pessoas nas escolas. Nossa intenção é aumentar gradativamente o número de estudantes na escola porque a gente sabe a falta que a escola e o ensino presencial fez e faz para os estudantes.

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