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CotidianoApós descobrir leucemia, Raul faz transplante e volta para casa

Após descobrir leucemia, Raul faz transplante e volta para casa

Procedimento foi em dezembro e, desde então, estava em Ribeirão Preto fazendo acompanhamento médico

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Raul recebeu transplante do próprio pai que era 50% compatível com ele (Foto: Arquivo Pessoal)

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Um ano após ser diagnosticado com leucemia linfoide aguda, o pequeno Raul, de 7 anos, está voltando para a casa com a bagagem cheia de esperança. Em 10 de dezembro, ele recebeu o tão sonhado transplante de medula óssea. 

Desde o procedimento, o Raul ficou no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto fazendo acompanhamento médico, mas, agora, está prestes a voltar para Araraquara. O retorno está previsto para o próximo sábado (9). 

“Foram momentos bens delicados, mas, no fim, a gente esta colhendo a vitória. Estamos voltando para a casa com o Raul praticamente curado”, comemora a mãe, Mariana Daris. 

Para ser considerado curado, ele ainda vai precisar esperar por mais cinco anos. É o tempo que os médicos precisam para monitorar como o corpo do Raul vai reagir ao transplante. 

Mas, o sentimento da Mariana é o mais otimista e sincero que existe. “Em vista de tudo o que a gente passou no último ano, eu considero o Raul curado”. 

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TRANSPLANTE 

Raul foi diagnosticado com câncer em 10 de abril de 2021. Ali, ele começava a travar uma luta contra a doença: foram muitas sessões de quimioterapia e radioterapia. 

Mas, os médicos precisavam de um transplante de medula óssea, de um doador que fosse 100% compatível. Porém, isso não aconteceu. 

Com a doença avançado, eles não tinham tempo a perder e optaram por uma medula que fosse 50% compatível. E o doador foi alguém bastante conhecido: o próprio pai. 

“A doença não entrava em remissão e estava prolongando o sofrimento dele, mas, graças a Deus, deu tudo certo”, lembra. 

“Ele é muito forte, determinado, está feliz que vai voltar para casa”, comemora. “Está voltando a ser criança, brincando, bem ativo”, completa. 

FUTURO 

Embora esteja bem, a medula ainda não está funcionando plenamente. Por isso, o Raul ainda tem necessidade de transfusão de sangue e plaquetas todas as semanas. Mas, segundo a mãe, tudo tem caminhado bem. 

“A doença está zerada, ele não tem leucemia, no momento. A grande questão é fazer a medulinha funcionar”, diz. 

Os médicos acreditam que alguns ajustes na medicação sejam suficientes, já que o Raul está bem clinicamente. Uma biópsia foi feita e a família ainda aguarda o resultado do exame. 

Outro desafio é conter a ansiedade. Ele terá algumas restrições pela frente, como não se expor ao sol, não ir à piscina ou praia e a escola. 

“Esta tudo caminhando para ele ter a vida plena dele, voltar a brincar, ir para escola, passear, se divertir, sem medo. O pior já passou”, finaliza. 

CAMPANHA 

Em junho do ano passado, a família chegou a fazer uma campanha para cadastrar o maior número de pessoas no banco de doadores de medula óssea. 

Em Araraquara não existe um cadastramento permanente de doadores. O registro é feito apenas em campanhas gerenciadas pelo Hemonúcleo. Na região, doadores podem procurar o hemocentro de Ribeirão Preto, por exemplo.

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Milton Filho
Milton Filho
Milton Filho é repórter da editoria de cidades do portal acidade on. Formado pela Universidade de Araraquara tem passagens pela CBN Araraquara, TV Clube Band e Tribuna Impressa. Acumula há quase 10 anos experiência com internet, rádio e TV.
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