A ONG NaLuz nasceu em um momento de luto, quando duas amigas no momento de dor resolveram transformar as ações que já faziam sempre em algo maior, para ajudar famílias em situação de vulnerabilidade todos os meses. O nome NaLuz é uma homenagem a amiga Thainá, que morreu aos 26 anos, e da avó Luzia, ambas vítimas da covid-19 em janeiro deste ano.
A engenheira civil Bruna Rosário da Silva, de 27 anos, conta que seu grupo de amigos sempre se movimentava para arrecadar alimentos e doar cestas básicas, mas por conta da pandemia mais famílias estavam precisando de ajuda, então fizeram uma grande campanha e conseguiram doar 120 cestas. “Na época, a gente tinha uma preocupação. Vamos ajudar agora e como será mês que vem? A fome é algo imediato e constante, então começamos a pensar em maneiras de oferecer essa ajuda momentânea mas de forma constante”, conta.
Enquanto as amigas Bruna, Beatriz e Thainá pensavam em soluções para ajudar as famílias em situação de vulnerabilidade, o grupo sofreu a perda da Luzia, avó da Beatriz que era muito querida por todos. Poucos dias depois, a Thainá, de apenas 26 anos, foi mais uma vítima da covid-19. “Foi um baque e uma dor muito grande, começamos a refletir como poderíamos transformar essa dor em algo bom, foi assim que nasceu NaLuz, para fazer a luz delas reverberarem na vida de outras pessoas”, explica Bruna.
ONG NaLuz
A instituição funciona hoje com padrinhos, que doam mensalmente quantias a partir de R$ 20, e também com campanhas de arrecadação de leite e alimentos. “Revertemos tudo em cesta básica. Começamos ajudando 30 famílias, mas no momento estamos com 26, pois algumas já conseguiram se reerguer e quiseram, inclusive, apadrinhar também”, relata.
A ONG trabalha com quatro pilares em um ciclo. O primeiro é a indicação, quando alguém indica uma família que precisa das doações. O segundo passo é a entrevista, onde conversam com a família e veem como podem ajudá-la. Depois, vem o desenvolvimento, onde o grupo auxilia com as doações mensais de cesta básica e ajudam a família a se reestruturar. “Se a pessoa sabe fazer pão, por exemplo, a gente se mobiliza para comprar as coisas e ajudar a vender para a pessoa sair dessa situação de vulnerabilidade”, diz.
A última etapa é o acolhimento, quando a família conseguiu se reestruturar, não precisa mais das doações de cesta básica e, alguns casos, começa a participar do projeto como um padrinho. “Nossa intenção é ser luz na vida de quem precisa no momento. De uma maneira muito forte e pessoal, também queremos perpetuar a luz da Luzia e da Thainá nas nossas vidas”, finaliza.
COMO DOAR
Quem quiser colaborar com a ONG NaLuz pode ajudar sendo um padrinho ou doando alimentos. A instituição têm uma campanha de arrecadação de leite, item muito importante já que têm muitas crianças nas famílias que recebem as doações no momento. Acesse as redes sociais oficiais da ONG ou fale diretamente com a Bruna pelo telefone (16) 9-9769-1891.
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