Após três meses de obras, o trânsito na Avenida Padre Francisco Salles Colturato (Av. 36), em Araraquara, foi parcialmente liberado, no início da tarde deste sábado (6). A previsão é que o local esteja totalmente concluído dentro de 20 dias.
Neste momento, foram liberadas para veículos as faixas nos dois sentidos ao lado do canteiro central. Mas, estruturas de concreto ainda mantém as faixas que ficam nas duas margens interditadas.
De um lado, uma parte ainda será reservada para movimentação de maquinário, enquanto do outro poderá ser utilizada por pedestres.
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Na manhã da última sexta-feira (5), o prefeito Edinho Silva (PT) já havia comunicado a reabertura parcial do trânsito no local. “O importante é voltar a normalidade do trânsito nessa região”, disse em rede social.
A Avenida 36 foi um dos pontos castigados pelas chuvas de 28 de dezembro de 2022. Uma cratera se abriu e “engoliu” um carro onde estavam seis pessoas da mesma família foi arrastado pela força do Ribeirão das Cruzes – todos os ocupantes morreram.
Em situação de emergência, a Prefeitura recebeu R$ 4,7 milhões do governo do Estado de São Paulo para entregar a obra no prazo de 180 dias contados a partir da tragédia. As obras começaram no dia 1º de fevereiro com assinatura da ordem serviço que contou com a presença do governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos).
A avenida também foi vistoriada por ministros do Governo Federal e o próprio presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia 8 de janeiro – data dos ataques as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
A TRAGÉDIA
O acidente ocorreu na noite do dia 28 de dezembro de 2022. Após chover cerca de 200 milímetros em 24 horas, uma cratera se abriu na Avenida 36 e engoliu um veículo onde estavam seis ocupantes da mesma família, que desapareceram no Ribeirão das Cruzes.
Logo na manhã seguinte, o Corpo de Bombeiros deu início às buscas e cinco corpos foram encontrados. Uma menina de 10 anos ficou desaparecida por nove dias e foi localizada embaixo de galhos, em uma área de difícil acesso próxima do local de abertura da cratera.
“Os danos humanos ninguém recupera, nunca mais vamos recuperar, mas trabalhamos muito para Araraquara se refazer desta tragédia natural que sofremos”, concluiu o prefeito.
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