Araraquara foi a cidade da região que mais registrou interrupção no fornecimento de energia por conta de pipas na rede elétrica. De janeiro a maio de 2022, foram 51 ocorrências.
O número representa quase 30% do total. No mesmo período, 173 casos foram registrados em dez cidades na área de atuação da CPFL Paulista.
A concessionária alerta que as interrupções podem aumentar nesta época do ano por conta do recesso escolar associado aos ventos são mais fortes da estação, ou seja, situação propícia para a soltura de pipas.
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De acordo com Levi Marcel Rocha, gerente de Saúde e Segurança do Trabalho de Negócios de Mercado na CPFL Energia, alguns cuidados precisam ser observados, já que as pipas podem enroscar na rede elétrica. “O ideal é analisar o local antes de brincar, identificando, por exemplo, se há cabos de energia próximos, nos quais a pipa pode tocar”, disse.
A orientação é escolher campos abertos e parques, fugindo do entorno de rodovias ou das avenidas de intenso movimento, onde também podem acontecer atropelamentos.
Em 2020, Araraquara registrou 142 ocorrências desta natureza. No ano seguinte, o número subiu para 148.
Dos casos ocorridos nos primeiros cinco meses deste ano, Araraquara lidera o ranking. Na sequência, aparecem São Carlos e Matão, com 32 e 22 interrupções, respectivamente.
Boa Esperança do Sul e Américo Brasiliense também registraram caso. Nas duas cidades, foram 13 e seis ocorrências, respectivamente.
Levi Marcel orientou ainda que as pipas enroscadas na rede não sejam resgatadas, “pois além de provocar desligamentos no fornecimento de energia pode causar acidentes com vítimas fatais”, disse. “Se acontecer de o brinquedo ficar preso, a melhor atitude é dá-lo como perdido”, completou.
LINHA COM CEROL
Além do risco de acidentes com pedestres, ciclistas e motociclistas, a linha “chilena” ou com cerol aumentam o risco de choques por conduzirem eletricidade. A prática, inclusive, é considerada crime no Estado desde 2006.
Em Araraquara, o uso é proibido por lei e a multa de R$ 331, mas pode dobrar em caso de reincidência. Denúncias podem ser feitas pelo 153 da GCM ou 190 da PM.
Segundo a comandante da GCM, Juliana Záccaro, durante as férias escolares o número de denúncias aumenta, por isso a corporação realiza ações de fiscalização em conjunto com a Polícia Militar, Conselho Tutelar e prefeitura.
Os estabelecimentos comerciais também são fiscalizados. “O comerciante que vende a linha com cerol pode perder o alvará de funcionamento e o estabelecimento pode ser lacrado”, disse a comandante.
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