As lojas do comércio voltaram a abrir às 9h desta segunda-feira (28), após oito dias de lockdown, em Araraquara.
O setor tem autorização para funcionar das 5h às 19h, de segunda a sábado, desde que atendendo todas as normas sanitárias, de distanciamento, e de acesso limitado.
O segundo confinamento terminou às 23h59 neste domingo (27). O retorno das atividades econômicas, incluindo eventos, aulas e o transporte coletivo, está previsto em decreto publicado no último sábado (26).
Na avaliação do empresário Álvaro Hiroldi é que o comércio não pode ser prejudicado. Segundo ele, o lockdown elimina todas as alternativas de venda.
” Tá complicado, não é nem possível se planejar se está fechado. Não é comércio da rua que está contaminando, isso não concordo”, diz.
O empresário explica que o comércio estava reaquecendo as vendas, mas, com o lockdown, a situação econômica voltou a ficar complicada.
“A gente vem de um ano e meio de quando começou a pandemia muito ruim, sofrendo com as consequências disso tudo, as contas chegam e temos que pagar do mesmo jeito. Maio e junho estavam melhorando e veio outro lockdown. Temos que nos virar, conversar em banco, se virar. É o que temos feito”, conta.
A empresária Ray Bernardo de Souto é dona de duas lojas no Centro de Araraquara. Ela é a favor das medidas restritivas, mesmo com o impacto na economia.
“Muitos amigos próximos e parentes faleceram, é um reméido amargo porém necessário, a economia é importante, precisamos comer e defender o pão de cada dia , porém como é que você vai lutar se você não tem saúde, não tem vida?, questiona.
Para ela, é preciso ter jogo de cintura pra amenizar os impactos econômicos. Fazer concessões e priorizar o essencial como aluguel e funcionários é essencial.
“É complicado, tem que ter um jogo de cintura muito grande, por exemplo, você tem que conversar com os funcionários porque eles dependem disso também, e deixar eles sem o salário é deixar eles com fome. Então temos que fazer concessões e priorizar algumas despesas , tem coisas que podemos adiar e outras não, então a prioridade foi aluguel e funcionário. E cortamos alguns gastos pessoais, não tem como não fazer isso”, aponta.
A Alexandra Pereira da Silva é gerente de uma loja de vestuário. Ela diz que o setor estava otimista diante das vendas de dia das mães e dia dos namorados. Mas que o lockdown fez o setor voltar a estaca zero.
“O lockdown atrapalha muito, as clientes somem, fica difícil pra gente. Estávamos indo bem nos dias das mães e namorados. Agora vamos fazer alguma promoção para tentar trazer os clientes para a loja”, conta.