Milton César Magalhães, que matou o colega de trabalho com uma retroescavadeira na semana passada, em São Carlos, se entregou nesta segunda-feira (27) à Polícia Civil. Acompanhado do advogado, ele presta depoimento na DIG (Delegacia de Investigações Gerais).
O autor do crime chegou às 15h na delegacia, após ficar quatro dias foragido. Um dia após o crime, que aconteceu em 22 de março, o juiz Cláudio do Prado Amaral, da 2ª Vara Criminal de São Carlos, decretou prisão temporária de 30 dias.
Quem está conduzindo as investigações é o delegado Caio Gobato, que deve ouvir Milton nesta segunda-feira. O próximo passo da Polícia Civil é o pedido de prisão preventiva.
O advogado de Milton alega legítima defesa, situação que o delegado informou, na semana passada, que não se encaixa. “O excesso [do crime] comprova que o homicídio foi intencional”, informou Gobato.
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PRISÃO DECRETADA
Milton está foragido desde a manhã de quarta-feira (22), quando atacou com uma retroescavadeira um colega de trabalho. Ontem (23), o juiz Cláudio do Prado Amaral, da 2ª Vara Criminal de São Carlos, decretou prisão temporária de 30 dias do autor.
Em decisão, o magistrado afirmou que “trata-se de crime grave, cometido com requintes de crueldade, pois, a partir de informações já prestadas, o autor agiu em via pública, à luz do dia, aparentemente consciente dos próprios atos”.
“Após início de suas ações, verificou que a vítima já estava incapacitada para reagir, mas continuou agindo”, prosseguiu o juiz.
CASO CHOCOU O PAÍS
O crime ocorreu na manhã de quarta-feira, 22 de março, na rua Georg Ptak, no Jardim São Paulo. De acordo com a Prefeitura, o autor do crime esperou a chegada da vítima, que estava em uma moto, e jogou a máquina em cima do rapaz.
A vítima perdeu o controle da moto, bateu em um carro e caiu. O agressor passou com a retroescavadeira por cima do corpo de Iébel Garcia Silva. Imagens de câmera de monitoramento mostram, ainda, que o autor do crime prensou a vítima com a escavadeira traseira da máquina e, aparentemente, conferiu se o rapaz estava morto.
BRIGAS E AGRESSÕES
Em nota, o Saae informou que em 2014 foi registrada uma briga entre os dois funcionários no estacionamento externo da autarquia. Na ocasião, foi aberta uma sindicância interna e os dois foram punidos com 30 dias de suspensão.
Funcionários relataram que os dois tinham muitos desentendimentos e que o clima entre eles no serviço era “pesado”. O motivo das brigas e desavenças em questão, no entanto, não foram expostos.
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