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CotidianoBahia: o lancheiro "chapa quente" do Parque Infantil

Bahia: o lancheiro “chapa quente” do Parque Infantil

Comerciante está com seu carrinho de lanches há quatro décadas na Rua Padre Duarte, em frente ao Parque Infantil

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Bahia tem clientes fixos há décadas ; famílias trazem filhos e netos  (Foto: Amanda Rocha)
Bahia tem clientes fixos há décadas ; famílias trazem filhos e netos (Foto: Amanda Rocha)

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Bahia tem clientes fixos há décadas ; famílias trazem filhos e netos  (Foto: Amanda Rocha)
Bahia tem clientes fixos há décadas ; famílias trazem filhos e netos (Foto: Amanda Rocha)

 

 

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O comerciante Bahia faz parte da paisagem urbana do Parque Infantil. Com seu carrinho de lanches, ele já fez milhares de lanches nas madrugadas adentro de Araraquara.

São 38 anos trabalhando como lancheiro no mesmo ponto: na rua Padre Duarte (rua 4), em frente ao parque.

Venceslau Gomes de Oliveira, o Bahia, 63 anos, é um personagem conhecido no centro da cidade. Irreverente, proseador e batalhador, fez a sua vida vendendo X-Bacon, X-Tudo e muito hot dog para os araraquarenses.

E quem prova, geralmente volta. São gerações de famílias e muitos amigos que fez nesses anos atrás da chapa.

BAIANO DE SÃO PAULO

Ao contrário do que muitos pensam, o lancheiro não nasceu na Bahia. Natural de Guarantã, interior de São Paulo, ele foi para a Bahia ainda criança e voltou após alguns anos para a região. “Lá na Bahia me chamavam de Paulistinha”, lembrou aos risos.

Antes de trabalhar com lanches, Bahia tentou ser caminhoneiro, mas um grave acidente com as mãos acabou eliminando a profissão nas estradas.

Como seu irmão trabalhava com lanches em Araraquara, ele aprendeu o ofício de lancheiro e ganhou o apelido que era dele.

“Meu irmão trabalhava com lanche e ficava aqui no começo e tinha esse apelido, aí herdei esse apelido. Aprendi tudo com ele e quando dominei a chapa não parei mais”, contou. 

 

Bahia trabalha como lancheiro há quase 40 anos no Parque Infantil (Foto: Amanda Rocha)
Bahia trabalha como lancheiro há quase 40 anos no Parque Infantil (Foto: Amanda Rocha)

 

PONTO FIXO

Bahia sempre ficou na Rua 4 e diz que ali é o seu lugar. Ele abre de segunda a quarta-feira, fecha na quinta-feira para recuperar o fôlego, e volta para o final de semana, que geralmente é intenso. 

O horário durante a semana vai até a meia noite, mas de sexta e sábado vai longe. Ele começa às 20h r só para às 5h da manhã.
Somente aos domingos que ele tem um ajudante. O lancheiro diz que prefere trabalhar sozinho porque já ficou muito na mão com ajudantes e entregadores. 

E por essas e outras, ele não faz delivery, só retirada no local ou quem preferir, pode comer por lá. Há algumas mesinhas e cadeiras na calçada.
“Prefiro fazer tudo sozinho, já fiquei muito na mão, hoje em dia é difícil achar alguém de confiança. Eu já fiz entrega mas hoje não faço mais, então tem que retirar aqui”, observou.

CLIENTELA FIEL
Bahia tem muitos clientes antigos, e famílias que costumam frequentar o carrinho de lanches. Os mais pedidos são o X-Bacon e X-Tudo. 

“Muito cliente é antigo, muitos vinham e comiam o lanche com o pai e a mãe e hoje voltam com os filhos. Tem uma família de Alagoas que uma vez por ano vem comer lanche, as mesas daqui são poucas para todos; eles sentam nos bancos do parque. É bem legal”, comentou. 

O lancheiro frisou que seus lanches não demoram mais que 15/20 minutos para ficarem pronto. E alguns são tão grandes que servem duas pessoas facilmente. 

“O tempo máximo são uns 15 minutos, tem que fazer rápido porque lanche não pode demorar, quanto mais rápido soltar o lanche é melhor para o cliente. Tem lanche que dá para duas pessoas, mas tem gente que come sozinho, viu”, contou. 

CHAPA QUENTE
O comerciante já viveu poucas e boas no Parque Infantil. Já enfrentou tiroteio, correu atrás de devedores e continuou firme e forte. Capoeirista e ex-atleta, já deu muito pique atrás de pessoas que comiam e fugiam sem pagar. 

“Já tentaram me roubar e revidei, nunca mais tive problemas. Onde já se viu roubar pobre e trabalhador? Já tive que correr atrás de uns malandros que fugiram após comer, e peguei eles ali na rua 3. Passei por muita situação aqui mas hoje é sossegado”, relembrou. 

Ele viu muita coisa mudar no Parque Infantil, de lugar mal frequentado há décadas passadas a cartão postal da Morada do Sol. Para ele, melhor lugar na cidade não há. 

“Eu faço parte do parque e adoro aqui, me sinto bem.  É meu local de trabalho, amo fazer lanches e é a única que eu sei fazer bem. Quem já provou sabe. Trabalho sempre com qualidade, gosto do que eu faço e assim tenho muitos clientes “, finalizou.

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