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Cotidiano"Bem frio", diz delegado sobre acusado de homicídio em Araraquara

“Bem frio”, diz delegado sobre acusado de homicídio em Araraquara

Marcelo Humberto Borghi afirma que o acusado teve tempo para se arrepender, mas insistiu em agredir a vítima após briga de trânsito que resultou em morte

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Briga de trânsito termina em morte em Araraquara (Foto: Milton Filho)

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Um dia após a briga de trânsito que terminou em morte, no Centro de Araraquara, o delegado Marcelo Humberto Borghi, responsável pelo Setor de Investigações Gerais da Polícia Civil, disse à CBN que o acusado não esboçou qualquer arrependimento durante depoimento. 

O homem de 34 anos foi preso em flagrante pela Polícia Militar, na Rua Maurício da Gali, a quatro quilômetros do local do crime, e não resistiu à prisão. 

“Ele estava tranquilo e não mostrava remorso ou arrependimento, em nenhum momento se mostrou emocionado por ter tirado a vida de uma pessoa. Foi muito frio, bem frio. O crime não justifica de forma alguma, no calor da emoção ou não, percebemos que após a discussão, que pode ter sido acalorada, o autor teve tempo suficiente pra se acalmar e ir embora, desistir, mas não foi isso que aconteceu”, frisa o delegado.  

CÂMERAS DE SEGURANÇA 
Câmeras de segurança ajudaram os investigadores a entender a dinâmica dos fatos. A vítima foi agredida inicialmente na Rua Expedicionários do Brasil (Rua 8), ao lado do carro dela, que estava estacionado. Ela conseguiu correr para a Avenida Prudente de Moraes, mas caiu e as agressões continuaram. 

“Houve uma discussão de trânsito anterior, e o autor não contente com isso e querendo uma vingança, aguardou a vítima que teria estacionado o veículo. Ele ficou ao lado, aguardou a vítima chegar então ele teve tempo de pensar e desistir. Mas persistiu e ficou com o facão escondido nas roupas, e quando a vitima passou, ela não reconheceu o autor ao passar por ele, e quando se dirigia ao veículo o autor já pelas costas desferiu um golpe. A vítima correu por uns 30 metros, foi seguida pelo autor e ali ele finalizou com vários e vários golpes”, explica. 

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O delegado Marcelo Humberto Borghi explica que as agressões não aconteceram imediatamente após a discussão o que indica que o acusado teve tempo de se arrepender e evitar o crime. 

“O que nos assusta é que esse crime ele realmente foge um pouco do contexto porque o que vemos rotineiramente nas brigas de trânsito é que na briga já ocorre o crime mas não depois. As pessoas acabem indo embora e esquecendo. Ele não, teve tempo de estacionar o veículo, aguardou a vítima estacionar por alguns minutos, então teve tempo de ir embora e desistir mas não foi isso que aconteceu”, frisa. 

Aos menos 18 golpes foram desferidos. O vigilante, de 49 anos, Daniel Elias Grecco, chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na Santa Casa. 

O caso foi registrado como homicídio doloso, duplamente qualificado. O acusado está detido no Anexo de Detenção Provisória de Araraquara. A Justiça ainda avalia a prisão preventiva. 

“Ele alegou que a vítima teria xingado ele e a esposa, que de forma alguma justificaria qualquer crime grave, poderia muito bem ter anotado a placa e ter feito um boletim de ocorrência, mas não isso , jamais. Foi um motivo fútil e de emboscada, ele aguardou a vítima que não o reconheceu e aplicou um golpe e outros seguintes”, conta. 

O autor do crime, de 34 anos, é natural de Potengi, no Ceará. Ele residia no Jardim Zavaglia, em São Carlos, e conduzia uma caminhonete com placas de Matão. Segundo a Polícia Civil, ele não tinha antecedentes criminais.

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