Kitnets e apês são os imóveis mais procurados para aluguel em Araraquara. O aquecimento no mercado imobiliário de Araraquara e cidades da região cresceu 341,07% em janeiro, segundo o Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CreciSP). A comparação foi feita com dezembro.
As casas lideraram as locações, sendo a opção de 68% dos novos inquilinos. Segundo a pesquisa, 57,2% das casas foram alugadas por até R$ 1,5 mil mensais. O aluguel médio de 57,2% dos apartamentos foi de R$ 1.250.
VEJA TAMBÉM
Morador de Araraquara é multado por manter cobras exóticas sem autorização
Araraquara conta com quase 20 vagas de emprego disponíveis
BOOM UNIVERSITÁRIO
Em Araraquara, as universidades são as responsáveis pelo aumento das locações.
A maior procura, segundo as imobiliárias da cidade, tem sido por kitnet ou apartamentos de um quarto, muitos já mobiliados, com valores que variam de R$ 600 a R$ 1 mil por mês.
“A gente espera sempre um começo de ano acelerado, mas esse ano em comparação a 2022 está sendo muito bom. A nossa expectativa era de 10%, 12%, mas o resultado de janeiro e fevereiro em comparação ao ano passado é um aumento de 25%”, afirmou o empresário Alexandre Luiz Borsari, dono de uma imobiliária na cidade.
Já entre os imóveis que foram desocupados, as imobiliárias informaram que 30% de seus antigos inquilinos encerraram os contratos para se mudar para imóveis com aluguéis mais baratos, 16,7% o fizeram para ir morar em um com aluguel mais caro e 53,3% não deram justificativa para o cancelamento.
O levantamento foi feito com 18 imobiliárias e corretores de Américo Brasiliense, Araraquara, Boa Esperança do Sul, Caconde, Casa Branca, Dobrada, Descalvado, Gavião Peixoto, Matão, Porto Ferreira, São Carlos e São José do Rio Pardo.
VENDAS
As vendas de imóveis usados também tiveram um início de ano positivo na região, com alta de 33,33% em janeiro sobre dezembro.
O valor máximo de venda foi R$ 1,5 milhão. Os compradores preferiram as casas (52%) aos apartamentos (48%). As residências com preços até R$ 350 mil, que somaram 60% das unidades vendidas. Os apartamentos mais vendidos foram os de até R$ 450 mil, totalizando 57,2% do total.
As casas são de três dormitórios (60%) ou dois (40%) e a maioria tem área útil média de 101 a 200 metros quadrados (50%).
Os apartamentos acompanham o padrão das casas, com 57,1% tendo três dormitórios e 42,9%, dois. Mais da metade deles tem área útil entre 101 e 200 m2 (57,1%).
Os bancos financiaram a maioria das vendas, com 54,5% do total segundo a pesquisa CreciSP, percentual inferior aos 66,66% registrados em janeiro de 2022. O restante dos imóveis foi comprado com pagamento à vista (25%) ou em parcelas pagas aos proprietários (20,5%).
LEIA MAIS