A Polícia Civil de Américo Brasiliense continua apurando os fatos relacionados à professora suspeita de ameaçar uma aluna em um grupo de WhatsApp. A informação foi confirmada pela secretaria de Segurança Pública do Estado.
Por meio de nota, o órgão informou que o caso foi registrado pela Delegacia da cidade, mas que “detalhes serão preservados, por envolver menores de idade”, justifica.
O caso foi registrado na última quinta-feira (24), um dia após as ameaças. A professora da Escola Estadual Dr. Alberto Alves Rollo é suspeita de incentivar alunos do ensino médio a agredir a colega, de 16 anos.
Em entrevista à EPTV, o delegado que conduz o caso, Jesus Nazaré Romão, disse que ao menos três crimes são apurados, como ameaça, incitação ao crime e injúria racial. “Se por ventura outros crimes aparecerem, também serão apurados”, afirmou.
Segundo o delegado, a professora, de 23 anos, seria a primeira a ser ouvida. Seguida pelos onze adolescentes que estavam no grupo de WhatsApp.
Segundo a Polícia Civil, neste grupo, a docente teria perguntado quem iria bater na aluna. Inclusive, ela e os alunos chegaram a simular uma ‘vaquinha’ para pagar pela violência.
Em uma das mensagens, a professora ainda teria dito que os adolescentes poderiam ‘torar o cacete’.
De acordo com o pai da garota, Cícero Donizete de Oliveira, as ameaças teriam começado após a filha e uma colega de sala questionarem na diretoria uma falta na lista de chamada na aula da professora.
Na ocasião, a secretaria da Educação do Estado disse que a Diretoria de Ensino de Araraquara abriu processo de apuração para verificar a conduta da professora, que já não está mais em contato com os estudantes e a unidade escolar.
A reportagem não conseguiu contato com a docente e a defesa dela.
TRAUMAS
Segundo os advogados da família, Jair Amando e Luiz Felipe Maciel, a adolescente está em tratamento psicológico desde a última sexta-feira (25), após insistência do pai da menor de idade.