Um caso importado, registrado em agosto do ano passado, foi o grande responsável pela epidemia dengue, que atinge a cidade de Araraquara. Isso é o que explica o coordenador da Vigilância Epidemiológica, Rodrigo Ramos.
De acordo com ele, a vigilância após registrar um caso importado, entre os meses de setembro e outubro, a equipe constatou começa circular em Araraquara a dengue sorotipo I, diferente daquela que circulou na epidemia de 2019, quando circulava o sorotipo II.
“A presença de um sorotipo diferente, somado ao aumento do nível de infestação e ao período de chuva, acabou resultando nessa explosão de casos, que deve seguir até o mês de maio período da sazonalidade do vírus e reduzindo a partir de junho”, explica.
Ainda de acordo com Rodrigo, a dengue tornou-se endêmica em toda a América Latina, ou seja, ocorre todos os anos ou meses, como é o caso de Araraquara, nos últimos dez anos.
“Além disso, a cada três ou quatro anos podemos registrar surtos epidêmicos, que é o que estamos vivendo”, ressalta.
Em 2019, Araraquara registrou um total de 23.134 casos e cinco mortes. Neste ano, em três meses, foram registrados 986 casos e três mortes pela doença.
Rodrigo afirma que o trabalho de controle do mosquito foi continuo, com o monitoramento das 920 armadilhas instaladas em diversos bairros de Araraquara. “A partir dele nos identificamos os bairros com maior índice de infestação e de circulação do vírus. “A partir desse monitoramento nós realizamos ações de maneira direcionadas”, finaliza.