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CotidianoCemitério São Bento está com roteiro para a observação da arte tumular

Cemitério São Bento está com roteiro para a observação da arte tumular

Roteiro com sepulturas tombadas, históricas e com tipologia exótica é opção para o turismo cemiterial

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Dia de Finados Cemitério São Bento (Foto: Amanda Rocha)
Cemitério São Bento de Araraquara (Foto: Amanda Rocha)

 

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O patrimônio artístico e arquitetônico é a essência do turismo em cemitério, que atrai também a busca por personalidades que, mesmo depois de mortas, continuam sendo reverenciadas. 

A Secretaria Municipal da Cultura, por meio da Coordenadoria de Acervos e Patrimônio Histórico, disponibiliza digitalmente dentro do projeto “Roteiros do Patrimônio AQA” – um inventário de bens relevantes em forma de roteiro de visitação ao Cemitério São Bento, localizado no Centro de Araraquara.

As sepulturas de diversas personalidades levam a um passeio pela história da cidade, podendo ser observadas reflexões de caráter cultural, econômico e sociológico.  

O material digital disponível pela plataforma Google apresenta: fotos, localização e um histórico sobre a sepultura e/ou os finados.

O coordenador de Acervos e Patrimônio Histórico, Weber Fonseca, explica que “considerando a importância da presença de um Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio que esteve atento a este levantamento de sepulturas relevantes e consequentemente tombamento, incluímos todo este mapeamento no Inventário Participativo.  

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Desta forma, foi possível evidenciar um roteiro para quem se interessa pelo assunto. Seja pela importância destes imóveis como patrimônio histórico, seja por curiosidade ou passeio turístico e cultural.”

O Cemitério São Bento, de acordo com o material divulgado, é um cemitério oitocentista, inaugurado por volta de 1880, e que requer a preservação das sepulturas que identificam e testemunham sua origem e história.  

O COMPPHARA (Conselho ligado ao Patrimônio Histórico) tombou 11 sepulturas a partir de um diagnóstico feito pelo arquiteto Benedito Tadeu de Oliveira. Os critérios utilizados são os valores histórico, artístico, arquitetônico e afetivo.

Neste mês  foi concluída a restauração de mais duas sepulturas tombadas do Cemitério São Bento: as de Antônio Placco e Maria Arruda Ramalho. Em 2019 também foram restauradas as de Antônio Joaquim de Carvalho e Paulo de Cruz. Em 2022, serão as de Maria Aparecida e João Gonçalves dos Santos.

O ROTEIRO 

O Cemitério São Bento registra sepultamentos desde 1873, sendo um rico patrimônio tumular de 11 mil sepulturas, onde se destacam túmulos devido à estética, à personalidade histórica ou mesmo por seu valor intangível.  

Também podem ser observadas as diferenças sociais entre pessoas, já que “as de maior poder aquisitivo foram sepultadas no alinhamento das avenidas e ruas ou no entorno da capela, ou seja a sociedade araraquarense de certa forma projetou no cemitério suas estruturas socioeconômicas”.

O roteiro aponta que o neogótico, o ecletismo, o art nouveau e o art déco que se propagaram em diversas edificações de Araraquara a partir do final do século XIX e, durante a primeira metade do século XX, estão também presentes em diversas sepulturas do Cemitério São Bento. As sepulturas possuem distintas tipologias, linguagens arquitetônicas, detalhes construtivos, aspectos culturais e religiosos como uma representação de seu povo.

O material lembra que há uma “relação estreita entre a arquitetura e o urbanismo da cidade com aquelas adotadas no Cemitério de São Bento”. O cemitério foi concebido com um traçado ortogonal, de acordo com o traçado urbano que deu origem a Araraquara. Além disso, foram utilizados pisos de pedras portuguesas, pedras de arenito rosa e ampla arborização para o embelezamento, tanto da cidade como do cemitério.

O roteiro aponta a visita a “pessoas ilustres”: maestro José Tescari, diretor teatral Luís Antonio Martinez Corrêa e o diretor e ator Wallace Leal Valentin Rodrigues.  

Vale destacar os três túmulos sugeridos pela tipologia “exótica”: o “jazigo suspenso”, do dentista Ary Kerner Lustoza da Silva que não queria ser sepultado na terra (1962); a sepultura do engenheiro Edmundo Busch Varella, um dos responsáveis pela construção da Estrada de Ferro em Araraquara (o jazigo remete à arquitetura ferroviária); e do empresário Edmundo Domingos Lupo – um apaixonado por aviação e teve seu desejo de ser sepultado com a asa de seu avião sobre a lápide atendido pela família.

Destaque também para as sepulturas do “patrimônio imaterial”, no roteiro presente com seis túmulos. De acordo com Weber, entende-se aqui as sepulturas que “foram escolhidas espontaneamente pela população, que visitam ou mesmo devotam os entes ali sepultados. Esta qualidade de reconhecimento da memória é fundamental para entendermos o patrimônio imaterial ou sensível.”

Para conhecer o roteiro completo, com todos as sepulturas tombadas e sugeridas, acesse:  

https://www.google.com/maps/d/u/0/viewer?mid=1zzNcadx7nWtdkEKwNqIehHgZ7tCpXuLa&ll=-21.7943792%2C-48.1840832&z=18&fbclid=IwAR0tWbQBjsZyj0NmP_cWROFgt3qXvU8LQSXUUeBWF9ZSKRBxOGRVRafM9To .

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