A gente chega à pessoa para pedir ajuda de coração aberto e ela nos discrimina pelo modo que estamos vestidos, pela dificuldade que estamos passando. Muitas vezes nem olham para a gente”, disse Bruce Ricardo Ramos, ex-morador em situação de rua, que hoje vive em uma instituição social de Araraquara.
A realidade que foi enfrentada por Bruce é a mesma que outras 80 pessoas vivem atualmente e que são acompanhadas por programas sociais em Araraquara.
Segundo o coordenador de Proteção Social da prefeitura de Araraquara, Marcelo Mazeta, a dependência química é a maior causa que leva as pessoas a esta realidade. “Para que elas possam superar esta situação, são ofertados programas sociais desde 2017, que fazem com esta população, quando quer aderir, tenha informação, capacitação, qualificação e educação”, destacou.
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Nesta sexta-feira (19) é celebrado o ‘Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua’. Em Araraquara, foram oferecidos diversos serviços como assistência jurídica e de assistência social, além de atendimentos na área da saúde, como teste de HIV, sífilis e hepatite B e C, e busca ativa por casos de varíola dos macacos e vacinas.
“A gente pôde verificar dificuldades no aluguel social e CadÚnico, que é porta de entrada para os programas sociais”, explicou o procurador federal, Igor Miranda.
O argentino Roberto Carlos Rodrigues está no Brasil há dois anos e por um bom tempo morou nas ruas. Hoje, também vive em uma instituição social de Araraquara.
Depois que tomei esta decisão, minha vida mudou 180%. Eu passei frio, fome, não tinha parente que pudesse me dar um prato de comida”, lembrou.
Tanto o Bruce quanto o Roberto foram acolhidos pela Maria Lucia Batista Akutsu, fundadora do Sacrário de Amor, que hoje abriga 30 moradores.
Segundo ela, a instituição sobrevive com a ajuda de doações. “Tudo nós precisamos, vivemos de doação, temos, mas pouco. Toda ajuda é bem vinda já que eles chegam sem nada”, explicou. (Com informações da EPTV)