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CotidianoClima de medo nas escolas preocupa pais em Araraquara; psicóloga orienta

Clima de medo nas escolas preocupa pais em Araraquara; psicóloga orienta

Parte deste sentimento está relacionada a conteúdos mentirosos; SSP afirma que conta com policiamento nas escolas e que casos de ameças são investigados

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“Me sinto angustiada, preocupada e em pânico. Hoje mesmo acordei chorando pelo que pode acontecer com essas crianças. O que sinto é medo“. O relato desesperado é da dona de casa, Rosileia Nunes, de 45 anos, que é mãe e avó de três crianças em idade escolar.

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Mas ela não está sozinha. A onda de mensagens que circulam pelas redes sociais e os ataques recentes em escolas brasileiras têm amedrontado as famílias Brasil afora e, em Araraquara, não é diferente.

O filho, 11, o neto, 9, e a neta, 4, da Rosileia não estão frequentando a escola. “Não temos mais paz em saber que nossas crianças precisam estar nas escolas e não ter a segurança que precisam ter”, explicou a dona de casa.

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Parte deste medo está relacionada a conteúdos que ela recebe pelas redes sociais, principalmente, pelo WhatsApp, e que têm o único próposito de espalhar medo e criar um ambiente de insegurança, visto que não têm respaldo na realidade.

De acordo com a SSP-SP (secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo), muitas das ameaças “não passam de boatos”, mas se disseminam como em um efeito “contágio”, ou seja, quanto mais se fala, mais se espalha.

Gabriela Esteves em entrevista à CBN Araraquara (Foto: Arquivo Pessoal)  Edinho Silva (PT) comenta ameaça à escola municipal (Foto: Reprodução/ Facebook) 

Para a psicóloga, Gabriela Esteves, este clima pode desencadear um misto de medo, angústia e insegurança nas famílias com consequências, inclusive, no aprendizado. “As crianças podem apresentar recusas para frequentar a escola, uma vez que não se sentem mais seguras ali. Os pais podem se sentir receosos em enviar seus filhos para a escola, sem saber se ali estão de fato seguros. A aprendizagem em si pode sofrer prejuízos, uma vez que o engajamento das crianças também pode ser prejudicado”, pontuou.

MEDO COMPARTILHADO

Na última segunda-feira (10), uma mentira compartilhada em uma rede social criou medo em pais de alunos de uma escola municipal de Araraquara e gerou uma resposta imediata do poder público.

Acompanhado da secretária municipal de Educação, Clélia Mara Santos, o prefeito Edinho Silva (PT) fez uma manifestação categórica e chamou de criminoso quem cria e compartilha mentira nas redes sociais.

“A prefeitura não vai conviver com mentira, com pessoas criminosas, que divulgam metira pelas redes sociais”, garantiu, afirmando ainda que os responsáveis não ficarão impunes.

Segundo ele, a cidade não tem histórico deste tipo de violência e que as unidades de educação estão “atentas”. “Não é possível que estejamos penalizando crianças que têm que estar dentro das escolas, transformando o ambientar escolar em um ambiente policial. O ambiente escolar é para educar, acolher, cuidar”, concluiu o prefeito.

Edinho Silva (PT) comenta ameaça à escola municipal (Foto: Reprodução/ Facebook) 

Para Gabriela Esteves, verificar as fontes da informação é um passo essencial para “não cair na pilha das redes sociais”. “Tão importante quanto verificar a fonte da informação que você recebe é verificar a veracidade da informação também para repassar. Muitas vezes recebemos, via WhatsApp, notícias de episódios que ocorreram meses ou até mesmo anos atrás. Sem se atentar a isso, começa uma verdadeira avalanche de divulgação de uma notícia falsa ou antiga”, lembrou.

SEGURANÇA NAS ESCOLAS

A SSP informou que, atualmente, 566 policiais militares atuam no policiamento no entorno das unidades de ensino em todo o Estado, por meio do programa Ronda Escolar, e que a PM mantém contato permanente com as direções das escolas.

“Todos os casos de ameaça são investigados. As diretorias das unidades de ensino estão em alerta para qualquer denúncia, que, se confirmada, seja tratada em conjunto com a Vara da Infância e Juventude”, esclareceu.

Para a dona de casa, a solução poderia estar “em erguer o muro pois as escolas não têm segurança nenhuma com apenas um guardinha na porta porque os psicopatas estão pulando os muros.”

Mas, a solução não é tão simples assim e exige um trabalho muito mais profundo. Para Gabriela Esteves, é necessário que as famílias estreitem laços com as escolas e, principalmente, com os filhos.

“As redes sociais, as buscas na internet e o tipo de conteúdo que seu filho consome precisa ser monitorado e, caso seja identificado qualquer conteúdo suspeito, o mesmo deve ser discutido, e não apenas bloqueado. Vale lembrar que o acesso à internet muitas vezes não se dá somente em casa”, pontuou.

Outro ponto, é observar as mudanças de comportamento. “Muitas vezes a criança ou o adolescente não utiliza palavras, mas seu comportamento comunica que algo está errado. Por fim, mas não menos importante, é necessário uma comunicação frequente entre casa, escola e os demais ambientes que a criança frequenta: relatos feitos por escolas por vezes são negligenciados por pais, que muitas vezes sequer comparecem às reuniões”, completou.

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