Há 10 anos, uma clínica de Araraquara atende e cuida de animais silvestres que chegam machucados, como coruja, veado, papagaio de mangue e filhote de cachorro do mato.
Só em 2022 foram mais de 40 animais atendidos pelos agentes voluntários do espaço.
A veterinária Beatriz Mansur diz que a maioria chega muito machucado na clínica.
“Eles sofrem atropelamentos e em épocas de queimada há muitos animais queimados que sofrem bastante. Alguns chegam até aqui através de pessoas que os encontraram”, diz.
A veterinária Ana Beatriz Gusmão conta sobre o atendimento de cada bicho. Alguns precisam de cirurgias complexas, outros só de hidratação.
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“Alguns precisam de cirurgia mais complicada ou reabilitação, neste caso encaminhamos para uma instituição adequada para esse serviço. Há triagem e encaminhamentos para zoológico ou se tiver condições de voltar para a natureza, soltamos com responsabilidade. Alguns só precisam de soro e hidratação, então fazemos a soltura sabendo onde foi encontrado e qual melhor lugar para soltar o animal”, comenta.
S.O.S
O trabalho voluntário é referência em Araraquara. A equipe recebe animais da secretaria do Meio Ambiente e do corpo de Bombeiros.
Mas com tanta demanda, a clínica precisa de ajuda. A veterinária aponta dificuldades para manter o serviço e reforça que a cidade precisa de um centro específico para cuidar de animais silvestres.
“Eles são animais silvestres de vida livres e de estado bravio, sentem medo da presença de gatos, cachorros. A necessidade de um espaço específico é urgente”, aponta.
A prefeitura diz que estuda para garantir um espaço aos animais, e o poder público frisa que está em fase de licitação a contratação de serviços para animais em situação de risco.
Além disso, o executivo enfatiza que trabalho o terceirizado é o modo mais viável diante da complexidade e da manutenção de um centro de reabilitação específico.