Quem mora em Araraquara ou passa por aqui com toda certeza conhece a Avenida Maria Antônia Camargo de Oliveira. Talvez pelo nome, não, mas quando se fala em Via Expressa, todos sabem onde é. A avenida é a principal de Araraquara com cinco quilômetros de extensão e liga a zona sul à zona norte.
De origem portuguesa, Maria Antônia Camargo de Oliveira, também conhecida como Dona Mariquinha, era uma mulher elegante e forte, de cabelos escuros e olhos azuis. Também muito carismática.
Maria Antônia se casou com o cafeicultor João Batista de Oliveira em julho de 1906 e teve seis filhos: Benedito, José Pedroso, Laura, Ignez, Maria e Antônia.
Com a família numerosa, Maria Antônia sempre foi muito prestativa e chamava a atenção no início do século XX. Trabalhou junto com o marido na fazenda de café e também criou os filhos para serem independentes.
O filho mais velho do casal Maria Antônia e João Batista foi Benedito de Oliveira, que se casou com Elvira Somenzari de Oliveira, e foi prefeito de Araraquara entre os anos de 1959 e 1963.
Como prefeito Benedito de Oliveira foi o responsável pela canalização do córrego da Servidão, construiu a Fonte Luminosa e iniciou os trabalhos da famosa Via Expressa.
A lei municipal 1.147, datada de 25 de setembro de 1962, de autoria do vereador Mário Ananias, dá nome à avenida, que começava a ser construída. A primeira etapa da Avenida Maria Antônia Camargo de Oliveira foi da Avenida Portugal e seguia até a Avenida Sete de Setembro. Em 1988, na administração de Clodoaldo Medina, a avenida foi ampliada da Rua Domingos Zanin, na Zona Sul até a rotária das Roseiras, Zona Norte.
Maria Antônia faleceu em julho 1956, 11 dias depois de seu marido.
“Ela foi uma mulher forte e muito ligada á família. Meu avô, seu filho, quando foi prefeito tinha a intenção de fazer uma via para interligar a cidade, por isso, começou a construção da Via Expressa, que acabou ganhando o nome de Maria Antônia Camargo de Oliveira”, diz Henrique de Oliveira Gonçalves, bisneto de dona Mariquinha.