Os casos de estupro de vulneráveis vêm crescendo em Araraquara. Somente em janeiro deste ano, dos 11 casos de estupro registrados, seis foram praticados contra meninos e meninas menores de 12 anos.
Além disso, em todo o ano passado a cidade registrou 59 ocorrências do tipo, 25% maior em relação ao ano anterior, quando 47 denúncias foram registradas. Na maior parte dos casos, o abuso ocorreu dentro da própria casa, praticado por um conhecido da vítima.
Para a delegada da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Araraquara, Meirelene de Castro Rodrigues, a criança que sofre abuso emite sinais e os pais devem se atentar a eles.
“Quando há o abuso, a criança muda de comportamento de forma repentina. Ela passa a ter medo e se nega a ficar sozinha com pessoas que antes ela adorava, como um padrasto, um avó, um tio ou até mesmo aquele amigo da família de longa data. Além disso, a criança tende a ficar mais triste e depressiva, chegando, em alguns casos, se auto mutilar”, explica a delegada .
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Ainda de acordo com Meirelene, por conta do poder da informação as crianças vêm criando cada vez mais coragem de contar aquilo que aconteceu com elas. Seja para um familiar ou até para alguém da escola.
“O que percebemos aqui é que as crianças acabam contando para sua mãe, ou para um familiar de confiança e, assim que recebem essas informações, eles já correm para a delegacia fazer a denúncia. Aqui também temos casos que chegaram por meio da escola, onde a criança conta para um amigo de escola ou para um professor de confiança. Deste modo, a escola chama o Conselho Tutelar, que traz o caso para nós. Hoje a escola vem sendo um ponto de apoio importante para nós também”, ressalta.
PARA IFCAR DE OLHO
Outro ponto de atenção são os celulares e redes sociais, pois acabam abrindo uma porta para pedófilos.
“O pedófilo entra nesses jogos se passando por criança. Ele cria vínculos e aos poucos vão pedido foto da criança nua. Os pais precisam ficar atentos com as amizades feitas on-line, saber com quem seus filhos estão trocando mensagens e o conteúdo dessas conversas”.
CUIDADOS
A delegada ressalta que, em caso de estupro, seja contra mulher ou criança, a pessoas deve procurar imediatamente um órgão de saúde. Essa vítima precisa fazer exames e tomar os remédios profiláticos o quanto antes, pois, na maior parte dos casos, o abusador não usa camisinha. “A pessoa precisa tomar esses cuidados e só então procurar a delegacia. Todos os casos são investigados”.
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