No dia das Bruxas (31), a reportagem foi atrás de lugares mal assombrados de Araraquara carregados de lendas e mistérios, onde fatos históricos e fantasiosos se misturam.
Conheça três casos de lendas urbanas da Morada do Sol.
1 CASARÃO DO ASSENTAMENTO BELA VISTA
O Casarão da Bela Vista é um caso icônico de assombração de Araraquara e já foi objeto de inúmeras reportagens no país. Caçadores de fantasmas, entre outros curiosos, costumam visitar o casarão para comprovar ou não se é assombrado. Mas vamos aos “fatos”.
O local é repleto de mitos, mas, acima de tudo, preserva a história de uma velha Araraquara e também sobre o passado rural da cidade.
O casarão construído em 1880 era de uma família tradicional de Araraquara, a do Coronel Antônio Joaquim de Carvalho. Ele foi um dos barões de café da Morada do Sol e tinha várias propriedades.
Dizem que o Coronel mantinha escravos no local, mesmo após a Lei Áurea, e seu espírito habita o local protegendo um antigo tesouro.
O Casarão preserva um pedaço de corrente grossa em uma das paredes do lado de fora, onde os antigos moradores contavam que os escravos ficavam acorrentados e eram punidos.
Moradores do Assentamento contam que já escutaram gritos de lamento vindo do local durante a madrugada.
Em 1897, Carvalho acabou morrendo em uma briga com o jornalista Rozendo de Souza Brito, que acabou preso e linchado junto a seu tio Manuel Souza Brito, no episódio conhecido na história de Araraquara como o ‘linchamento dos Britos’.
Hoje em dia o casarão está totalmente decadente e em ruínas, sendo proibido a entrada no local devido problemas estruturais. No entanto, vários aventureiros ainda se arriscam no espaço emblemático da Morada do Sol.
2 EDIFÍCIO AIELLO
O Edifício Aiello, na Vila Xavier, é cercado de mistérios e lendas. Localizado na rua Barão do Rio Branco, ele começou a ser construído na década de 40 e nunca foi terminado. A construção inacabada carregaria uma “maldição” e por isso nunca foi finalizada. O imóvel pertenceu a vários investidores, e chegou a ser reformado para ser um hotel, porém a obra jamais foi concluída.
Seu aspecto de abandono faz com que muitos moradores evitem passar próximo ao local.
3 RUA DO TESOURO
A Rua Bento de Barros mais conhecida como “Rua do Tesouro” também fica na Vila Xavier e traz uma história no mínimo curiosa. Conta-se que o bandeirante Diogo Gonçalves Laço passou na região nos anos 30 e enterrou um tesouro no local.
Nisso, o garoto Romeu, Toni de 12 anos, teria tido um sonho no qual um padre o avisava que no terreno de um vizinho havia um cajueiro e uma cruz sinalizado onde o tesouro estaria. O garoto teria encontrado o local e começado a cavar incansavelmente, se tornando obsessivo.
Proibido pelo pai de continuar com as escavações, dizem que o garoto ficou agressivo e morreu após cair de uma árvore.
Na história oral sobre a lenda, é contado que no local foram encontrados mechas de cabelo, um documento antigo datado de 1500 e objetos sem valor.