Após da quarta morte e vivendo uma epidemia de dengue, o Centro de Reidratação para casos suspeitos de dengue em Araraquara tem recebido em média 230 pessoas por dia.
Pacientes tem reclamado do tempo de espera por atendimento. É o caso da professora Elida Simone e a saga com o seu marido.
Ela acompanhou o marido de 56 anos até o Centro de Reidratação para casos suspeitos de dengue montado no Hospital de Solidariedade. Ela relata demora no atendimento e um número insuficiente de médicos.
“Meu marido é cardíaco e ainda não foi atendido devido a demanda, e são poucos os médicos que estão atendendo. Não temos nem previsão do horário que vai ser atendido e que vamos sair daqui”, contou.
De acordo com Prefeitura de Araraquara, desde o dia 15 de março, quando o Centro de Reidratação foi inaugurado, até a última quarta-feira (23), foram atendidos 1.840 moradores, em média 230 por dia.
Mas de acordo com a secretária de saúde Eliana Honaim, esses números estão aumentando.
“Nós temos três médicos atendendo, sendo um pediatra e dois clínicos e começamos atendendo 150/200 pessoas, hoje está subindo entre 300/350. Estamos com a UPAs Central, Vale Verde atendendo , mas a procura por tem crescido esses dias”, observou.
Honain destacou que a Prefeitura está estudando formas de expandir o horário de atendimento a população para dar conta demanda.
Ainda segundo a secretária a situação é acompanhada diariamente pelo Comitê de Enfrentamento.
“Estamos tentando ampliar os horários e ver outros locais também, estudamos diariamente a situação e vendo propostas de ampliar equipes e atendimento”, avaliou.
A secretária de Saúde comentou a quarta morte confirmada por dengue na cidade. A vítima é um idoso de 73 anos, que tinha comorbidades, e morreu no último dia 18. O resultado dos exames foram divulgados nesta quinta-feira (24).
“A dengue quando pega as pessoas principalmente com comorbidades realmente causa grandes danos podendo levar a óbito”, pontuou.
Vale ressaltar que a colaboração dos moradores no enfrentamento a doença é fundamental neste momento crítico, como limpar os quintais e permitir a presença dos fiscais da Vigilância Epidemiológica.