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CotidianoDengue: procura dispara e pacientes relatam demora em atendimento

Dengue: procura dispara e pacientes relatam demora em atendimento

Além da demora, faltam cadeiras e pessoas precisam esperar em pé ou sentadas no chão e na grama

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Movimento no antigo hospital da campanha foi intenso na manha desta terça-feira (5) (Foto: Milton Filho/ acidade on)

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* ATUALIZAÇÃO 05/04 às 16h43 para incluir posicionamento da Prefeitura de Araraquara 

 

A procura de pacientes com dengue ou suspeita da doença aumentou no antigo hospital de campanha, no Jardim Ártico, em Araraquara. Na manhã desta terça-feira (5), pacientes relataram demora nos atendimentos e tempo de espera superior a duas horas. 

A dona de casa, Andreia Lisandra de Faria, de 46 anos, estava acompanhando a mãe dela que está doente. A idosa, 70, foi ao local pela segunda vez para fazer acompanhamento médico. 

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A filha diz que, quando chegou às 7h50, já havia 100 pessoas aguardando atendimento. “No sábado tinha bastante gente, mas foi mais rápido. Mas, hoje, está demais. Muita gente e poucas pessoas para atender”, afirma. 

Além da demora no atendimento, pacientes relataram que faltam cadeiras. A reportagem do acidade on encontrou pessoas esperando em pé e sentadas no chão e na grama.  

Pacientes com dengue ou suspeita da doença aguardam atendimento em pé (Foto: Milton Filho/ acidade on)

 

O eletricista, Itamar Aguiar, 43, está com suspeita de dengue. Ele esteve no hospital, na última segunda-feira (4), mas com um resultado do exame inconclusivo, precisou voltar. 

“Eu vim hoje cedo para fazer outro exame, cheguei e está um caos. Tem pouca cadeira, muita gente em pé: idosa, criança e muita gente sentada no chão”, afirma. 

Ele diz que, após esperar por mais de uma hora, ainda havia 30 pessoas na sua frente. “É complicado porque a gente está com dor, não come e, no meu caso, sou diabético”. 

A estudante Melissa de Jesus Penteado, 15, ficou no local por aproximadamente duas horas. Ela conta, inclusive, que foi orientada pela equipe médica a chegar mais cedo para evitar esperar por muito tempo. 

“No horário que eu cheguei já tinha bastante gente, mas, não como agora. Lá dentro, eles falaram para vir mais cedo no retorno porque é mais tranquilo, não tem tanta gente”, lembra. 

A dona de casa, Marinalva dos Santos Teixeira, 54, esteve no hospital há 15 dias para acompanhar a sua filha que estava com dengue. Ela conta que a situação era mais tranquila. 

Desta vez, procurou por atendimento médico para ela e o marido. “O atendimento é muito bom, não temos do que reclamar, mas, a procura é muito grande, tem muita gente doente”, afirma. 

A opinião é compartilhada pela diarista que se apresentou apenas como Luciana, 47. Pela sexta vez, ela precisou acompanhar o seu filho, 14. 

Quando chegou ao hospital às 8h50 havia 50 pessoas na sua frente. “Tá bem movimentado, precisa ter paciência. O atendimento é bom, mas tem muita gente”, conta. 

FALA, PREFEITURA
Procurada, a prefeitura disse estar empenhando todos os seus esforços para garantir assistência médica de qualidade às pessoas com suspeita ou diagnosticadas com dengue que buscam o Centro de Atendimento da Dengue, no antigo Hospital de Campanha.

“A demanda é grande e os procedimentos exigem mais tempo também, já que a dengue tem diagnóstico clínico. Atualmente, são 6 médicos e demais profissionais da saúde que atendem das 7 às 21 horas, oferecendo consultas, exames e, dependendo do quadro, reidratação aos pacientes”, afirmou em nota. 

Sobre as reivindicações dos pacientes, a secretaria municipal de Saúde disse estar avaliando e que vai tomar todas as medidas possíveis para garantir a manutenção do bom atendimento que vem sendo prestado no Centro de Atendimento da Dengue desde o dia 15 de março. 

Vale ressaltar, ainda, que além do Centro de Atendimento de Dengue, todas as unidades de saúde do município também atendem casos suspeitos de dengue – os postos funcionam de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 16h30, e as UPAs, 24 horas por dia. 

Inclusive a UPA da Vila Xavier, que desde o início da pandemia de covid-19 atendia exclusivamente casos da síndrome gripal, já retomou o atendimento de outras patologias, entre elas os casos de dengue.

Estacionamento do local estava lotado diante da procura por atendimento (Foto: Milton Filho/ acidade on)

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Walter Strozzi
Walter Strozzihttp://www.acidadeon.com/araraquara
Formado em Jornalismo pela Uniara (Universidade de Araraquara), Walter Strozzi é repórter no acidade on desde 2018. Anteriormente atuou na Tribuna Impressa, Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal e CBN Araraquara.
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