Um dentista, de 61 anos, está sendo investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) por estupro de vulnerável, em Araraquara. Ele é acusado de cometer o crime há 8 anos contra a filha de um primo – hoje com 13 anos. O último episódio teria acontecido no dia 3 de abril.
O caso foi denunciado na tarde da última segunda-feira (12) pela mãe da garota. Ela afirmou ter tido conhecimento da violência no sábado (11), após relatos dos filhos.
Os estupros, segundo a denúncia, aconteciam em uma chácara e também no consultório que o dentista mantém no Centro da cidade. A violência começou quando a jovem tinha cinco anos de idade.
A menina relatou a mãe que o acusado praticava sexo oral contra a sua vontade, e que era ameaçada para que não contasse a ninguém. “Se você não contar para ninguém, te dou R$50, mas se você contar, eu vou preso”, dizia o acusado segundo relato da vítima.
Alguns episódios eram acompanhados por um irmão da vítima, hoje, com 12 anos. Ele era obrigado a permanecer no carro, enquanto a irmã era levada para um quarto da chácara.
O garoto relatou que, por diversas vezes, viu o acusado “entrar no quarto só de toalha”. Na sequência, o dentista deixava o local com dinheiro em mãos.
Segundo a menina, na chácara, o acusado introduzia o dedo em sua região íntima. Ele teria ainda tentado introduzir o pênis, mas que não conseguiu por resistência da vítima. Já no consultório, acontecia sexo oral e carícias nos seios da garota.
O crime também chegou a acontecer em um matagal no caminho para a chácara. A vítima lembra era chamada de “vagabunda, você é uma biscatinha, você é minha putinha”.
DEFESA
A defesa, que esteve na manhã desta terça-feira (13) na DDM, pediu sigilo na investigação. A denúncia, de acordo com a advogada que representa o dentista, é caluniosa. “São vários que são denunciados, mas provados são poucos, e esse é um dos casos que não vai ser provado”, afirmou a advogada por telefone à rádio CBN.
Segundo a advogada, a acusação tem motivação financeira. “Falta de dinheiro dos pais e abandono dos menores, que a gente ajudava”, resumiu encerrando o telefonema.