Uma das principais invenções tecnológicas da humanidade, o telefone, completa 147 anos hoje. A primeira ligação elétrica transmitida por voz aconteceu no dia 10 de março de 1876, e essa data é celebrada como o Dia do Telefone. O grande inventor e patenteador foi o escocês Alexander Grahan Bell.
De lá para cá, o aparelho mudou, e muito, seja de formato ou mesmo de uso, com os smartphones e novidades que não param de ser inventadas pela humanidade para a comunicação.
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Mas, mesmo com tanta tecnologia, ainda tem gente que prefere se comunicar pelo bom e velho telefone fixo.
A jornalista Janaína César, mora na Itália há 20 anos, e a sua mãe, dona Ita, mora em Araraquara. Para matar a saudade, elas se falam quatro vezes por semana pelo antigo aparelho telefônico.
Para ela, a ligação é muito superior comparada com as ligações do WhatsApp.
“Na maioria das vezes as chamadas com o zap são muito ruins. Temos o fixo aqui na Itália também, mas só uso pra receber ligação. Minhas filhas tem limite de uso de duas horas por dia no celular, então quando acaba o tempo, elas usam o fixo para ligar”, comentou.
USO COMERCIAL
Já o representante comercial Eduardo Soranso, utiliza muito o telefone fixo para as vendas, e tem um plano que compensa.
“É muito prático e barato. Como tenho um com um plano de R$12 e posso usar a vontade, compensa. Posso ligar para a Bahia ou Japão e não pago mais nada por isso”, avaliou.
O cabeleireiro araraquarense Marcelo Correa Silva, também é fiel ao “velho” telefone. Ele comentou que muitos clientes preferem ligar para o fixo ao invés de marcar pelo celular ou WhatsApp.
“Tenho duas linhas até hoje, eu acabei não desabilitando porque tem cliente que insiste em usar o fixo para marcar horário, mesmo eu tendo zap e celular. Mas a tendência é migrar para o celular e peço para adicionarem o meu número”, apontou.
Ele observou que alguns colegas cabeleireiros ainda usam o telefone fixo, pois interfere menos no atendimento.
“Em contrapartida e por curiosidade, outros cabeleireiros não gostam que liguem pelo celular ou whats, porque interrompe o trabalho deles, e preferem atender pelo fixo”, avaliou.
“Eu ainda ligo para alguns serviços somente pelo fixo porque não aceitam chamadas de zap”, conclui.
CELULAR
Segundo dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), o uso do aparelho fixo tem diminuído drasticamente nos últimos anos, frente ao aumento de números de celular.
Em Araraquara, são 294.316 números de celular cadastrados para uma população de 240 mil habitantes.
O levantamento mostrou o aumento de 34% de celulares entre 2020 e 2021, época da pandemia da Covid-19, em que muitos trabalhavam de home-office na cidade.
Para o professor de comunicação, Samuel Gatti Robles, estudioso de interface e tecnologia, o uso do telefone tende a sumir nos próximos anos devido ao alto custo para as empresas de telefonia.
“ A tendência é que as operadoras forcem as pessoas a não manterem o fixo, devido aos custos de manutenção de equipe de rua para subir em postes para cuidar de linhas, e poucas pessoas utilizando. O telefone fixo ficou parado no tempo, obsoleto,”, conclui.
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