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CotidianoDo cultivo ao embalo: o amor pelo café que passa de geração para geração em Araraquara

Do cultivo ao embalo: o amor pelo café que passa de geração para geração em Araraquara

Conheça a história de duas famílias que fazem todo o processo do café, a segunda bebida mais consumida no país

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Seja tradicional, extraforte, gourmet ou aromatizado. O tradicional cafezinho não pode faltar na mesa de grande parte dos brasileiros. A bebida faz parte do nosso dia-a-dia e se consagra como a segunda bebida mais consumida no país – perdendo apenas para a água.


Em Araraquara, a história de amor de algumas famílias pelo café vem passando de geração para geração e traz a velha cultura cafeeira para os lados de cá.

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O empresário Lucas Delpasso traz o amor pela bebida desde a época do avô, João Nascir Delpasso, fazendo com que despertasse seu interesse não apenas pela bebida, mas por todo o processo – do plantio da fruta ao café quentinho de todas as manhãs.

“Meu avô sempre trabalhou em cafezais, era funcionário de outros produtores, e seus filhos sempre o acompanhavam. O amor pelo café era tamanho que, em 1999, ele comprou alguns hectares de terra – usados para o plantio de cana-de-açúcar – para cultivar café juntos aos filhos. Naquela época, o pequeno cafezal era apenas um hobby. Porém, em 2017, me formei em agronomia e pedi para tomar conta do cafezal. Já pensando nos cafés especiais, tirei a lavoura inteira e replantei, aderindo um projeto feito por mim, com uma cafeicultura especial”.

Lucas Delpasso, empresário


Com a primeira leva de café pronta para ser colhida, a família de Lucas realizou a primeira torrefação entre os anos de 2019 e, dois anos depois, fundou e registrou sua própria marca de café – Delgran.


“Hoje fazemos todo o processo, do plantio até o produto final. Nós fazemos as mudas que ficam nos viveiros, seguimos com o plantio, a colheita selecionada – para manter a qualidade de um café especial – e medimos o teor dos grãos. Depois passamos para o pós-colheita, onde a gente seca o café no nosso próprio terreno suspenso, fazemos o processo de beneficiamento, re-beneficiamento e classificação – para ver se atingiu a pontuação de café especial. Hoje nosso café especial tem certificado com 83 pontos para cima, é uma pontuação boa”, explica Lucas.

Lucas Delpasso assumiu a plantação iniciada pelo avô e colhe hoje 4 hectares da fruta (Foto: Cine 016)


Ainda de acordo com o empresário, o cafezal produz atualmente cerca de 40 sacas por hectare, uma produção boa por ser orgânica – com água-floresta. Atualmente temos 4 hectares plantados e estamos planejando expandir por mais 3 hectares. Além disso, criamos uma cooperativa que visa incentivar outros produtores a realizar o plantio, seguindo a mesma linha de produção e qualidade. “A partir dai, tudo que for produzido por eles, será destinado para nossa empresa”, ressalta.


A empresa empacota atualmente 200 kg mensais de cafés especiais.

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“Esse é um mercado que está em plena expansão. Hoje o nosso produto é vendido em empresas, cafeterias e exportado de maneira direta e indireta para a África do Sul e envia para o Brasil inteiro através do próprio site e nas vendas on-line. Então a gente faz todo esse processo hoje também”.

A Delgran realiza visita guiada pela plantação e torrefação (Foto: Arquivo pessoal)

DE PAI PARA A FILHA

Do outro lado da cidade, no Jardim Zavanella, Carla Rodrigues segue os passos do pai, que produzia máquinas para a torrefação de café. “Desde criança tive muito contato com o café. Meu pai visitava produtores e torrefações para vender seu produtos e muitas vezes eu estava junto. Isso foi me despertando um amor pelo café e o desejo de um dia trabalhar nesse seguimento”, conta.

Carla Rodrigues segue os passos do pai, que produzia máquinas para a torrefação de café (Foto: Gabriela Martins)


Mas o desejo de Carla só se concretizou em 2019, após passar 12 anos morando fora do país. “Meu parceiro – Mufit Ramci – é albanês naturalizado britânico ele também sempre foi apaixonado por café. Decidimos então montar a nossa torrefação de café aqui em Araraquara, na minha cidade natal. Ele se especializou em um curso de torra em Londres e demos início ao nosso trabalho. Começamos com uma marca de café gourmet – Star Ramci – e também faziamos torra para outras marcas. Recentemente demos início a um novo projeto com cafés especiais e demos início ao Amo Café”.

Ao lado do marido, Mufit Ramci, Carla criou a Amo Café (Foto: Gabriela Martins)


Carla conta que a empresa conta hoje com poucos pés de café e representam apenas 20% de toda a produção da empresa.

“A maior parte dos grãos usados pela empresa ainda são comprados na região de Minas Gerais, mas nossa ideia é expandir nos próximos anos e ter uma produção própria de cafés especiais – do cultivo a embalagem. O café chega aqui e são torrados, moídos e embalados após o pedido ser feito, para que ele se mantenha fresquinho. Além disso, nós envasamos capsulas de da bebida. Tudo feito em família e buscando agradar cada vez mais nosso público, que busca um café puro, sem misturas, com notas sensoriais diferenciadas”.

Carla Rodrigues, empresária
Café chega na empresa e são torrados, moídos e embalados (Foto: Gabriela Martins)


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Gabriela Martins
Gabriela Martinshttp://www.acidadeon.com/araraquara
Editora do ACidade ON Araraquara e São Carlos, está no portal desde 2018. Formada há 13 anos, atuou como repórter da Tribuna Impressa de Araraquara por mais de sete anos e tem experiência em marketing em mídias digitais -gabriela.martins@acidadeon.com
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